A Usiminas (USIM5) informou neste sábado a retomada gradual das atividades do seu negócio de mineração (Musa). A operação havia sido interrompida no início da semana devido às fortes chuvas que atingiram Minas Gerais, Estado no qual a companhia concentra suas minas.
Segundo o grupo, os problemas ainda afetam empresas responsáveis pela cadeia de escoamento de minério. “A Musa está acompanhando a evolução das ações implementadas por tais empresas de forma a assegurar a mais rápida recuperação possível.”
O elevado volume de chuvas que atingiu o polo de produção em Minas Gerais paralisou atividades também de outras mineradoras, como a Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e a Vallourec. Também levantou o temor sobre a segurança das barragens, o que fez algumas mineradoras elevarem o nível de alerta.
A Mineração Usiminas informou neste sábado ter retomado o nível não emergencial (nível zero) do Plano de Ação das barragens. O indicador de segurança havia sido elevado para nível 1 no dia 10 de janeiro, patamar que indica estado inicial de alerta, mas não necessariamente comprometimento dos fatores de segurança – não requer, por exemplo, a retirada de moradores ou acionamento de sirenes.
O impacto das chuvas sobre as mineradoras entrou no radar do mercado e alguns analistas passaram a ver risco de eventuais efeitos no preço. Em relatório divulgado após os anúncios, o BTG estimou que as paralisações poderiam colocar em risco até 30% da produção de minério de ferro, ainda que considerasse as chuvas um fenômeno esperado para esta época do ano e, até então, dentro do previsto.
A Musa produz minério de ferro na região de Itaiaçu. Em 2020, dado mais recente disponível, o volume alcançou 8,7 milhões de toneladas e a subsidiária da Usiminas apurou R$ 3,8 bilhões em receitas, cerca de 35% delas referentes a vendas ao mercado externo.