O Inter Research diminuiu o preço-alvo da Usiminas (USIM5) para R$ 11, contra os R$ 17 anteriores, e rebaixou a recomendação de “compra” para “neutra”.
Os analistas veem a demanda interna por aço melhorando, mas a recuperação da Usiminas deve ser limitada, dizem eles, em virtude de maiores gastos da reforma no Alto Forno 3 e da reforma emergencial em sua Coqueria 2 em Ipatinga.
Entretanto, o Inter mantém sua visão otimista para o setor siderúrgico, com demanda estável para o restante do ano. Além disso, aumentos de preços feitos no início do ano devem seguir contribuindo para maiores preços realizados para as empresas no setor.
Os analistas do Inter também esperam que com a recente queda de commodities, principalmente em metálicas, haja menores custos de matérias primas e as pressões inflacionárias apresentam “claros sinais de desaceleração”. Assim, esperam menores pressões de margens daqui para frente para companhias siderúrgicas.
Mas, novamente, a retomada esperada especificamente para a Usiminas deve ser limitada por “fatores internos que deverão impor pressão mais prolongada do que o esperado de custos nos próximos anos”, diz o Inter, esperando maior pressão nas margens da Usiminas.
“Rebaixamos a recomendação de compra para neutra, uma vez que períodos de paradas para manutenção costumam ser críticos para as companhias. Tendo agora duas grandes paradas para acompanhar, vemos desafios adicionais à tese de investimentos”, concluem os analistas do Inter.
BTG vê ‘futuro nebuloso’ e rebaixa ações da Usiminas
Vendo ‘perspectivas nebulosas’ para a Usiminas, os analistas do BTG Pactual (BPAC11) rebaixaram a sua recomendação para os papéis de compra para neutro.
No novo parecer, as ações da Usiminas têm preço alvo de R$ 10, ao passo que os papéis estão cotados a R$ 8,55 na bolsa – deixando pouca margem de upside.
Para os analistas do BTG, USIM5 deve sofrer com uma redução de lucros nos próximos meses, além de ter seu risco em elevação por conta de ficar a mercê de muitos fatores (moving parts).
Cotação
As ações da Usiminas fecharam o pregão desta segunda-feira (5) em alta de 0,73%, cotadas a R$ 8,33.