Usiminas (USIM5): por que as ações estão caindo mais de 20%?

O pregão desta sexta-feira (26) não está sendo nada positivo para os investidores da Usiminas (USIM5). As ações da siderúrgica estão despencando mais de 20% após a divulgação do balanço de resultados do segundo trimestre de 2024 da companhia.

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Por volta das 15h50, as ações da Usiminas recuam 20,77%, a R$ 6,54, chegando a mínima do dia até o momento. A variação negativa amplia ainda mais as perdas dos papéis da companhia no ano, que já acumulam uma variação negativa de mais de 28% em 2024.

Por que as ações da Usiminas estão caindo? 

A forte queda dos papéis acontece após a divulgação do balanço de resultados da Usiminas. Entre abril e junho, a siderúrgica registrou um prejuízo líquido de R$ 100 milhões, revertendo o lucro de R$ 287 milhões apurado no mesmo período do ano anterior.

Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado da empresa recuou 33% na comparação anual, para R$ 247 milhões.

De acordo com a empresa, o prejuízo líquido foi causado pela piora do resultado operacional, além do efeito da desvalorização do real frente ao dólar na dívida.

De acordo com os analistas da XP, o resultado foi pouco inspirador. “Os investidores esperavam mais detalhes sobre o potencial de melhoria de custos para o 3T24E, que vemos como a principal decepção com os resultados de hoje. Nesse sentido, a contínua depreciação do real deve desempenhar outro papel negativo nos custos do 3T24E (mitigada pelas eficiências operacionais) e limitar o potencial de melhoria do EBITDA no próximo trimestre”, destaca o relatório divulgado pela casa. 

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Além disso, os analistas do Itaú BBA também enxergaram de forma negativa os números apresentados pela Usiminas. 

“Acreditamos que as expectativas da empresa de custos estáveis na divisão de aço possam desapontar investidores que estavam mais otimistas quanto a maiores ganhos de eficiência. Antecipamos uma reação negativa do mercado aos números reportados”, destaca o relatório do Itaú.

Já para o Goldman Sachs, a surpresa negativa foi causada pelos custos de aço 5% acima das estimativas, o que impactou negativamente o Ebitda da Usiminas e fez com que o indicador viesse abaixo do esperado.

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Giovanna Oliveira

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