United Airlines registra prejuízo de US$ 1,63 bilhões no 2T20
A United Airlines (NASDAQ: UAL) apresentou, na tarde desta terça-feira (21), um prejuízo de US$ 1,63 bilhões (cerca de R$ 8,43 bilhões) referente ao segundo trimestre deste ano. A receita registrou uma queda de 87% em relação aos resultados do mesmo período do ano passado.
Segundo a United, o balanço negativo foi resultante do impacto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e as medidas de contenção à doença. Assim como outras grandes companhias aéreas, que passaram anos construindo suas redes de aviação, a United espera que os impactos da pandemia sejam duradouros.
A receita passou de US$ 11,4 bilhões nos três meses findos em 30 de junho de 2019, para US $ 1,48 bilhão no mesmo período. Entretanto, o acentuado declínio nas vendas não foi tão ruim quanto se temia, superando as estimativas de analistas de US$ 1,32 bilhão.
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A United disse que espera reduzir sua queima de caixa para US $ 25 milhões por dia no terceiro trimestre, contra uma queima média diária de US$ 40 milhões no segundo trimestre. A empresa cortou milhares de voos e parou centenas de aviões para reduzir seus custos, indicando que sua capacidade no terceiro trimestre provavelmente cairá 65% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.
A recuperação do setor de viagens aéreas é desafiada por um ressurgimento nos casos de coronavírus nos EUA e por ordens de quarentena para viajantes que chegam de vários estados para Nova York, Nova Jersey, e Connecticut.
A United disse que “avaliará e cancelará proativamente os vôos em uma base contínua de 60 dias até encontrar sinais de recuperação da demanda”, que os executivos esperam ser limitados até que haja um tratamento ou vacina para o vírus.
A United disse que espera que seus voos cheguem a 45% dos passageiros em julho e que menos de 15% desses voos estejam com mais de 70% da sua capacidade.
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No início do mês, a United Airlines informou que poderia ser forçada a dispensar quase metade de sua força de trabalho nos EUA. A empresa alertou 36.000 funcionários que eles poderiam chegar a ser dispensados a partir de 1º de outubro devido a queda na demanda de voos.