A Unipar (UNIP6) apresentou uma proposta não vinculante à Novonor para comprar ativos da Braskem (BRKM5) no Polo Petroquímico do ABC, segundo informou o jornal Valor nesta segunda-feira (30).
De acordo com fontes ouvidas pelo jornal, essa seria uma estratégia da Unipar para conseguir acesso ao eteno — hidrocarboneto que serve como matéria prima para a produção do PVC.
O jornal lembra que esse movimento faz parte do processo de desinvestimento da Novonor na Braskem. Mas, quando procurada pelo jornal, a Unipar afirmou que “não possui proposta vigente com a Braskem.”
No mês passado, o Valor havia apontado que a Braskem poderia ser dividida em blocos de ativos separados por regiões. A operação teria como objetivo aumentar o resultado para os vendedores. As fontes ouvidas pelo jornal destacaram que “o foco é mesmo maximizar o valor”.
De acordo com o jornal, a Novonor (ex-Odebrecht), dona de cerca de 38,25% da empresa do ramo petroquímico, continuava com a intenção de vender sua fatia em uma só operação. No entanto os potenciais compradores teriam mostrado mais interesse em operações específicas da petroquímica.
Segundo a reportagem, durante a etapa em que os compradores enviaram as ofertas não vinculantes, os interessados apresentaram propostas por toda a participação da Novonor, e também pelas operações nos Estados Unidos e no continente Europeu. Já a operação brasileira da Braskem não deve ser vendida em partes separadas, informa a reportagem do jornal.
Petrobras (PETR4) planeja trocar ativos da Braskem com a Odebrecht
Ainda ontem, a coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo, afirmou que a Petrobras (PETR4) estaria planejando trocar os ativos da Braskem (BRKM5) por ativos no Rio de Janeiro com a Novonor.
A diretoria da Petrobras está planejando trocar com a empreiteira os 36% que a estatal possui no capital da Braskem por ativos no Rio de Janeiro responsáveis por 28% da geração de caixa da petroquímica. Segundo o jornalista, a ideia foi apresentada ao conselho de administração em caráter preliminar pelo diretor Refino e Gás, Rodrigo Costa. E, em setembro, deve ser submetida à aprovação.