Unipar (UNIP6) investirá US$ 200 milhões para retirar mercúrio da cadeia produtiva em Cubatão (SP)

A Unipar (UNIP6) aprovou o projeto de phase out (eliminação gradativa) das tecnologias de diafragma e de mercúrio relativo à planta de Cubatão (SP), a ser realizado até 2025 (PO25).

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Em comunicado, a Unipar disse que o PO25 tem por objetivo adequar as atividades da companhia em território brasileiro à Convenção de Minamata sobre Mercúrio, que foi ratificada pelo Brasil em agosto de 2017 e estabeleceu o mês de dezembro de 2025 como prazo mandatório para término de processos de manufatura de cloro/soda nos quais mercúrio ou compostos de mercúrio sejam utilizados.

“Por meio do PO25 e simultaneamente à substituição das células de mercúrio supracitadas, a companhia substituirá também o processo de produção de cloro/soda via células de diafragma, ambas pela tecnologia membrana ‘Zero Gap’, o que implicará na modernização e unificação do processo de produção de cloro/soda na planta industrial de Cubatão”, disse a Unipar.

A companhia estima que o PO25 terá capex total aproximado de US$ 200 milhões e que a capacidade de produção de cloro da planta de Cubatão, atualmente de 210 mil toneladas de cloro ao ano – considerando os processos via células de mercúrio e de diafragma -, não sofrerá alterações com a unificação de tecnologias.

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Unipar (UNIP6) deve ter ‘restrição nos dividendos’, diz XP

Em relatório da XP divulgado recentemente, analistas acreditam, como ‘ponto negativo’, que a Unipar deverá ter o seu fluxo de caixa livre de 2024 pressionado devido ao ciclo de CAPEX, que deverá restringir os pagamentos de dividendos ao mínimo legal até 2025.

Além disso, a XP destaca que “as operações argentinas da Unipar apresentam riscos idiossincráticos”.

A tese se deu no relatório de início de cobertura da casa para Unipar (UNIP6) e Braskem (BRKM5). A recomendação para UNIP3 é de compra, com preço-alvo de R$ 105, enquanto é neutra para BRKM5, com preço-alvo de R$ 27.

“Estamos cautelosos em relação ao setor, uma vez que o ambiente de preços/spreads baixos deverá permanecer nos próximos trimestres, e ainda não vemos isso totalmente refletido nos números de consenso. Atualmente, favorecemos a Unipar, pois a consideramos mais bem posicionada para navegar nesses tempos turbulentos e achamos que negociar de acordo com o fluxo de notícias de fusões e aquisições da Braskem é perigoso”, diz a casa.

A XP também destaca que vê a Unipar com resultados mais resilientes, melhor conversão do fluxo de caixa livre e autoprodução de energia renovável e pequenos projetos de expansão para compensar alguns dos ventos contrários globais negativos para o setor.

Sobre a Braskem, os especialistas chamam atenção que qpostar de acordo com o fluxo de notícias sobre fusões e aquisições parece perigoso.

“A saga da venda do controle acionário da Novonor na Braskem já dura mais de cinco anos. O evento geológico de Alagoas (e a incerteza do passivo final para a Braskem), as discussões de valuation e os diversos players envolvidos nesta potencial transação levaram a uma situação não resolvida que não tem fim à vista”, destacam.

“Mesmo que ocorra uma transação, isso não necessariamente beneficiará os acionistas minoritários, caso a Petrobras decida exercer seu direito de preferência, transformando a Braskem em uma estatal, e um participante privado compre a participação da Novonor, mas os direitos de tag-along os minoritários não sejam acionados”, completa.

Desempenho das ações da Unipar

Cotação UNIP6

Gráfico gerado em: 25/09/2023
1 Dia

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Giovanni Porfírio Jacomino

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