Unidas (LCAM3) lucra R$ 231,4 milhões no 1T21, recorde trimestral com aumento de margens
A Unidas (LCAM3) lucrou R$ 231,4 milhões no primeiro trimestre deste ano, uma alta de 190,9% em comparação ao mesmo período do ano passado e recorde trimestral. O balanço divulgado na noite da última quinta-feira (29) também apresenta um aumento expressivo nas margens da empresa.
A receita líquida consolidada cresceu em todos os segmentos e 33% na mesma base comparativa, atingindo R$ 1,9 bilhão no período entre janeiro e março deste ano. Com isso, a margem líquida da Unidas foi de 32,9%, com um incremento de 19,6 pontos percentuais ano contra ano.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 528 milhões, com expansão de 27,7 pontos percentuais na margem Ebitda, para 75,1%. Aqui, destaque para a margem do segmento de gestão de terceirização de frotas (GTF).
A diferença entre o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) e o custo da dívida, uma forma que o setor utiliza para a mensuração de valor, atingiu o recorde de 11,9 pontos percentuais. O retorno sobre o capital ficou em quase 15%, ao passo que o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) atingiu o maior patamar da história, a 25,1%.
A companhia também se precaveu nos últimos trimestres e elevou a posição de caixa. No fim do mês passado, a empresa tinha R$ 2 bilhões em disponibilidades, mais do que o dobro necessário para o pagamento de dívidas que vencem nos próximos três anos.
“A Unidas apresentou um excelente resultado trimestral, em linha com nossas expectativas”, diz a Ativa Investimentos. “Destaca-se a redução no nível de alavancagem. De negativo, apenas a redução na frota, consequência de uma oferta limitada de veículos.”
Unidas tem bom resultado em Seminovos mesmo com baixa oferta de 0 km
Mesmo com os contínuos impactos da pandemia na economia, o segmento de Seminovos “segue mais forte mais um trimestre”, disse a Unidas. Com as montadoras com problemas para entregar os veículos, resultando em uma baixa oferta de 0 km e aumento dos preços, a demanda por carros usados segue a todo vapor.
De acordo com a empresa, os resultados só não foram mais robustos por conta da necessidade de manter a operação da locação de veículos (RAC) coberta.
Foram vendidos 16,7 mil veículos no trimestre, a um preço médio de R$ 55,1 mil. A margem Ebitda do segmento foi de 14,1%, aumento de 14,8 pontos percentuais em comparação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 47,8%, para R$ 908,3 milhões.
No RAC, a Unidas continua “crescendo a receita e operando com elevadas taxas de ocupação”, diz a empresa. O segmento ainda segue sendo impactado por viagens de lazer e de negócios, que estão em patamares abaixo do pré-pandemia, mas representa um crescimento estrutural da categoria de locações.
A receita líquida foi recorde de R$ 303,3 milhões, alta de 4,7% de ano para ano. A taxa de utilização média do trimestre foi 82,6%, com o ticket médio subindo 3,5%, para R$ 73,10.
Já o resultado do GTF, um dos segmentos mais sólidos desde o início da pandemia, demonstra que a “cultura da terceirização tem se tornado cada vez mais presente no mercado nacional”, diz o balanço. A receita cresceu 35,2%, atingindo o montante de R$ 395,3 milhões.
Foram 11,5 mil veículos contratados entre janeiro e março e o valor global de novos contratos já representa 38,6% do atingido no ano passado. Segundo a Unidas, o pipeline comercial continua forte, apresentando um volume recorde de 73 mil veículos em disputa.