União ficará com cerca de 45% da Eletrobras após privatização, diz CEO
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, disse que a União terá uma participação de aproximadamente 45% na companhia após a privatização. A declaração ocorreu, nesta terça-feira (10), durante uma palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
“O governo vai ficar com menos de 51%. Ele não vai acompanhar o aumento de capital. Ele vai ficar com um enorme estoque, uns 45%”, afirmou o presidente da Eletrobras.
De acordo com Ferreira Júnior, o projeto de lei sobre a desestatização da companhia deve ser aprovada no Congresso Nacional no primeiro semestre de 2020. Já a operação de privatização deverá ocorrer no segundo semestre do ano que vem.
“Imaginamos que [o Congresso] possa aprovar [o projeto de lei] no primeiro semestre. No segundo semestre, nós fazemos essa operação”, disse o executivo.
O presidente da estatal salientou ainda que após o processo de privatização, a empresa irá analisar oportunidades para investir em outros países da América Latina. Além disso, segundo Ferreira Júnior, a companhia já está analisando alternativas de integração para geração e transmissão de energia na América do Sul.
“A Eletrobras, no momento que for privada, deve olhar a América Latina como uma região onde ela tem características distintas para investir”, afirmou o CEO.
Eletrobras pode desaparecer, segundo Paulo Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a falta de recursos para investimentos poderá fazer com que a Eletrobras desapareça. A declaração ocorreu, na última sexta-feira (6), durante um evento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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De acordo com o ministro, a companhia possui capacidade máxima para investir R$ 3,5 bilhões. No entanto, a estatal precisa investir ao menos R$ 16,5 bilhões para manter sua posição no mercado.
“A Eletrobras precisava investir R$ 16,5 bilhões todo ano para manter a fatia de mercado. Hoje ela tem capacidade máxima de R$ 3,5 bilhões. Ela está condenada à morte, é questão de tempo, vai desaparecer ou vira uma corporação”, afirmou o ministro.