União Europeia pretende levantar 800 bilhões de euros para recuperação até 2026

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), revelou nesta quarta-feira (14) que adotará uma estratégia de financiamento diversificada para levantar cerca de 800 bilhões de euros até 2026.

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O bloco pretende utilizar os recursos para bancar seu fundo de recuperação, que foi criado em reação à pandemia de covid-19. As emissões incluirão bônus verdes e “títulos da União Europeia”, segundo comunicado do comissário do bloco para Orçamento e Administração, Johannes Hahn.

O plano é emitir cerca de 150 bilhões de euros em dívida por ano, e todos os empréstimos serão pagos até 2058, detalhou Hahn.

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BCE, Banco Central da União Européia, também sinaliza que manterá estímulos

Já o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse hoje que os riscos de se retirar os atuais estímulos monetários de forma prematura são maiores do que os de mantê-los em vigor.

Desde o ano passado, o BCE tomou uma série de agressivas iniciativas para proteger a economia da União Europeia dos efeitos da pandemia de covid-19, incluindo cortes de juros e compras de ativos.

Guindos, que discursou ao Parlamento Europeu para apresentar o relatório anual do BCE referente a 2020, reiterou também que a instituição está pronta para ajustar todos os seus instrumentos de política monetária, conforme for apropriado.

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Bloco já havia sinalizado perpetuação de pacotes

Há cerca de um mês, os 27 governos nacionais haviam concordado em manter o impulso fiscal na União Europeia em 2021 e 2022. Na época, João Leão, presidente do Conselho de Ministros de Finanças da União Europeia, afirmou que o bloco não podia se arriscar a retirar os apoios de maneira prematura.

O prazo para a apresentação dos planos nacionais de recuperação dos países da União Europeia acaba no dia 30 de abril e os pacotes liberados pelo presidente americano Joe Biden acabam por pressionar os governos – com os Estados Unidos ditando o ritmo de como será a recuperação econômica, bem como a China.

(Com Estadão Conteúdo)

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Vitor Azevedo

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