UE diz que não irá fazer concessões a China em negociações de investimento

A União Europeia (UE) anunciou nesta segunda-feira (20) que pretende chegar a um acordo com a China neste ano para proteger o investimento estrangeiro. Entretanto, o chefe de comércio da UE, Phil Hogan, afirmou que não irá fazer concessões ao país asiático nas negociações de investimento.

O chefe de comércio da UE afirmou que quer ver “progresso concreto” da China na abertura de seus mercados. “Comprometer-se não funcionará para a UE. Nossos mercados são amplamente abertos, provavelmente os mais abertos do mundo. Portanto, deixamos bem claro que esperamos e estamos exigindo um reequilíbrio da assimetria”, disse Hogan.

Negociações entre China e União Europeia

Em 2013, a China e a União Europeia começaram as negociações sobre um pacto de investimento. As duas frentes já estão na 26ª fase de negociações.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/BANNER-NOTICIA-DESK-1-1.png

De acordo com o chefe de comércio, a China e a UE estão avançando nas negociações. Entretanto, Hogan salientou que não está tão feliz com a última oferta realizada por Pequim. O membro da UE afirmou que as empresas chinesas já estão sendo tratadas como as europeias na Europa, tendo inclusive leis justas, por isso ele quer que o mesmo seja feito do outro lado.

“Cabe à China nivelar o campo de atuação de nossas empresas que operam em seu país”, disse ele.

China e União Europeia

O investimento direto da China na União Europeia teve um pico em 2016. Entretanto, desde então, o investimento direto tem diminuído.

Veja também: FMI estima PIB brasileiro com alta maior em nova projeção

No ano passado, o primeiro ministro chinês, Li Keqiang, afirmou que as empresas europeias não seriam mais obrigadas a compartilharem informações particulares ao operar no país. “Empresas europeias terão um tratamento igualitário”, disse o primeiro-ministro chinês na época.

Os governos ocidentais sempre tiveram um pé atrás por conta das exigências chinesas sobre ceder conhecimento tecnológico a agências reguladoras como algo primordial para poder operar na China. A União Europeia, por conta disso, teme um domínio chinês em indústrias que são ‘chave’ para a economia local.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno