União Europeia afirma que três listras não são exclusividade da Adidas

Tribunal Geral da União Europeia determinou nesta quarta-feira (18) que as três listras não são uma marca registrada da Adidas. A empresa alemã tentou ampliar a proteção do principal símbolo da marca após ameaças de companhias rivais.

Segundo o Tribunal Geral, localizado em Luxemburgo, a Adidas não conseguiu fazer com que as listras fossem suficientes para que os consumidores europeus conseguissem estabelecer uma relação com a marca. Portanto, o logotipo da empresa poderia ser considerado apenas um símbolo cotidiano.

“O veredicto não afeta nossa capacidade de usar e proteger as três listras”, afirmou a porta-voz da campanha da Adidas.

Ações em queda

Segundo David Haigh, presidente-executivo da consultoria Brand Finance, o valor da marca, de US$ 14,3 bilhões, pode ser afetado pela decisão do tribunal europeu.

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“O nome é mais importante, mas as três listras são muito reconhecíveis e contribuem muito para o reconhecimento”, afirmou Haigh,

As ações da empresa apresentaram queda de 2.27% no final da tarde desta quarta-feira.

Propriedade intelectual

Instituto de Propriedade Intelectual da UE (EU-IPO) havia aprovado, em 2014, o registro das três listras como marca registrada da empresa. Entretanto, a Shoe Branding Europe questionou a decisão do instituto. Para a empresa, as listras não poderiam ser associadas exclusivamente a marca.

No ano de 2016, o instituto atendeu aos contestamentos da Shoe Branding Europe e anulou a concessão anterior.

A empresa belga adquiriu a marca Patrick que utiliza duas listras em seus produtos. Embora estejam em direção oposta ao símbolo da Adidas, a companhia buscou desvincular às listras da marca alemã.

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“Embora a decisão tenha sido um desapontamento, continuamos a avaliá-la e aceitamos qualquer orientação útil que o tribunal nos ofereça para proteger a marca de três listras aplicada aos nossos produtos, em qualquer direção, no futuro”, afirmou a empresa em nota.

A Adidas ainda pode recorrer da decisão na Corte Europeia de Justiça.

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Giovanna Oliveira

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