O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a BNDESPar e a União vão realizar uma oferta pública secundária com esforços restritos para vender pelo menos 142 milhões de debêntures emitidas pela Vale (VALE3).
Serão 93,9 milhões de títulos em posso da União, 37,5 milhões do BNDES e 10,6 milhões da BNDESPar. Mas o número total pode ser acrescido em até 50,94%, ou seja, os vendedores podem colocar mais 72,329 milhões de debêntures no mercado. Seriam 47,828 milhões pela União e 24,5 milhões do BNDES.
Ao final de 2020, a Vale tinha 388,559 milhões de debêntures em circulação no mercado, e os vendedores possuem exatamente 55% deste total, volume que pode ser totalmente vendido caso os títulos adicionais sejam colocados na operação.
As ações ordinárias da Vale fecharam o pregão desta segunda-feira (29) em alta 2,56%, cotadas a R$ 97,98, enquanto o Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), avançou 0,56%, a 115,418,72 pontos.
Executivos da Vale serão investigados por omissão de informações
Executivos da Vale, incluindo o atual diretor-executivo (CEO) da companhia Eduardo Bartolomeo, estão sob investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) por suposta omissão fraudulenta de informações relevantes aos acionistas e investidores da mineradora, reportou o jornal Valor Econômico na semana passada.
O inquérito envolve a empreitada de US$ 2,5 bilhões da Vale em busca dos direitos de exploração da mina de ferro da Simandou, na África Ocidental. O negócio foi firmado em 2010 com a israelense BSGR, mas acabou desfeito, gerando disputa em cortes internacionais.
Na época, as duas empresas firmaram um joint venture para explorar o minério de ferro da mina africana, que possui a maior jazida do mundo e ainda é inexplorada. A Vale, porém, saiu do negócio afirmando que a empresa israelense conseguiu os direitos de exploração de forma fraudulenta, recorrendo ao suborno do então ditador da Guiné Lansana Conté, morto em dezembro de 2008.
(Com Estadão Conteúdo)