Ultrapar, dona da Ipiranga, mantém expectativa de recuperação em 2019

A Ultrapar, dona da Ipiranga, manteve a expectativa de recuperação para o ano de 2019, apesar da queda da projeção do Produto Interno Bruto (PIB) e da elevação dos preços do petróleo.

Para a a Ultrapar, os volumes da Ipiranga devem ser maiores que a expectativa de crescimento do PIB. Além disso, é esperado que o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) seja superior ao valor registrado em 2018.

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No caso da Oxiteno, empresa do setor químico, é projetado uma recuperação do volume de vendas para o segundo trimestre. Apesar disso, o diretor financeiro e de relações com investidores, André Pires, disse que a baixa dos preços das commodities petroquímicas no mercado internacional pressionará as margens.

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“Devemos ter volume de vendas maior no segundo trimestre, mas as margens seguem pressionadas nas commodities. Deve haver melhora sequencial nos resultados, mas abaixo do segundo trimestre de 2018”, disse.

Já para a Ultragaz, é esperado uma volta do crescimento ao longo do ano. Isso porque o desempenho da empresa foi prejudicado pela perda de oferta por conta de uma paralisação das refinarias da Petrobras.

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A Extrafarma, de acordo com Pires, deverá seguir o mesmo ritmo, já que não há projeção para uma mudança do ambiente de competição no varejo farmacêutico. “Mas isso deve ser compensado nos próximos trimestres pela maturação do faturamento e reajuste dos medicamentos”, disse.

Balanço da Ultrapar

O grupo fechou o primeiro trimestre com um lucro consolidado de R$ 242,6 milhões no primeiro trimestre, valor 232% maior que o mesmo período de 2018. O Ebitda ajustado ficou em R$ 782 milhões, uma alta de 54%. Já a receita líquida somou R$ 20,739 bilhões.

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Apesar do desempenho ter sido abaixo do esperado, Pires ressalta que os valores não foram ruins para o grupo como um todo. “Obviamente, o resultado do primeiro trimestre não está em linha com o que se almeja, mas não concordo que o resultado foi fraco em todos os negócios, com exceção da Ultracargo [no primeiro trimestre]”, disse o executivo.

Subsidiária da Ultrapar, a Ultracargo firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal e de São Paulo para pagar uma compensação ambienta por um incêndio ocorrido no Porto de Santos em abril de 2015. O valor total será de cerca de R$ 67,5 milhões, que deverá ser quitado até setembro de 2020.

Renan Dantas

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