UEFA aperta cerco às seleções após caso Cristiano Ronaldo-Coca-Cola (COCA34), diz agência

A UEFA, órgão dirigente do futebol europeu, respondeu ao gesto do atacante português Cristiano Ronaldo — de retirar da mesa da coletiva de imprensa da Eurocopa duas garrafas de Coca-Cola (COCA34) — reforçando às equipes obrigações contratuais com os patrocinadores do torneio. A informação é da agência Reuters.

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A polêmica se deu na véspera do jogo de abertura do Grupo F, na última terça-feira (15), contra a Hungria, em Budapeste. Cristiano Ronaldo colocou as garrafas de Coca-Cola de lado e deu um simples conselho ao pegar um garrafa anônima: “beba água”.

O gesto do jogador gerou uma forte queda das ações da gigante americana de bebidas, que perdeu US$ 4 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) em capitalização.

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Um dia depois, o meio-campista francês Paul Pogba, que é muçulmano, retirou uma garrafa de cerveja Heineken de sua frente após a vitória da França por 1 a 0 sobre a Alemanha.

O meio-campista italiano Manuel Locatelli também mudou as garrafas de Coca-Cola para o lado e colocou uma garrafa de água na sua frente antes de falar com a imprensa após sua exibição de Melhor em Campo na vitória por 3 a 0 sobre a Suíça na quarta-feira.

Diante disso, “a UEFA lembrou as equipes participantes que as parcerias são essenciais para a concretização do torneio e para garantir o desenvolvimento do futebol em toda a Europa, incluindo para jovens e mulheres”, afirmaram os organizadores do torneio na quinta-feira.

O diretor do torneio Euro 2020 da UEFA, Martin Kallen, disse que o principal problema foi a ação de Cristiano Ronaldo, mas houve compreensão quanto a jogadores que agiam assim por motivos religiosos.

“Se for por motivos religiosos, eles não precisam ter uma garrafa lá”, disse Kallen.

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Ele disse a repórteres que as obrigações contratuais relativas aos patrocinadores fazem parte dos regulamentos do torneio assinados pelas federações nacionais.

A UEFA não tomou qualquer medida disciplinar relativamente aos incidentes e Kallen disse que quaisquer sanções seriam da competência das federações. A UEFA não multaria diretamente os jogadores, acrescentou.

“Nunca multamos um jogador diretamente da equipe da UEFA, fazemos isto sempre através da federação nacional participante e eles podem ver se vão mais longe”, disse Kallen.

O dirigente da UEFA não descartou, no entanto, punições caso haja outros casos. “Temos regulamentos assinados pelas federações participantes. Nós os lembramos de suas obrigações, mas é claro que isso [multas] é sempre uma possibilidade”, disse .

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Rafaela La Regina

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