UE retira Suíça de lista de países considerados paraísos fiscais

A União Europeia (UE) decidiu retirar a Suíça e outros países da lista de paraísos fiscais. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (10) pelos ministros das Finanças dos 28 países membros do bloco europeu.

Segundo o grupo, a Suíça e os outros países retirados da lista “estão de acordo com todos os compromissos em termos de cooperação fiscal”. Albânia, Costa Rica, Maurício, Sérvia e Suíça implementaram as reformas necessárias para cumprir com os princípios fiscais de boa governança da UE”, anunciaram os ministros em um comunicado conjunto.

Suíça começou a cumprir os compromissos com a UE

A Suíça fazia parte da chamada “lista cinza”, o elenco que reúne os países que não cumprem os compromissos assumidos com a UE. A lista foi criada pelo bloco em 2017.

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“Se a Suíça sair desta lista, isto é um êxito para mim. A melhor lista é a mais curta”, declarou o comissário europeu para os Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.

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Para cumprir com os compromissos, a Suíça adotou uma reforma fiscal em outubro de 2018. Entretanto, a aplicação dessa mudança foi adiada por causa de um referendo que deu um resultado contrário. As primeiras mudanças começarão a ocorrer apenas a partir de 1º de janeiro de 2020.

Lista negra de paraísos fiscais

A União Europeia decidiu retirar da “lista negra” de paraísos fiscais os Emirados Árabes Unidos e as Ilhas Marshall. A “lista negra” inclui os países ou territórios considerados “não cooperativos”. Ou seja, que se comprometeram a adotar uma boa conduta na área fiscal.

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Atualmente, a “lista negra” está integrada por

  • Samoa Americana
  • Belize
  • Fiji
  • Guam
  • Omã
  • Samoa
  • Trinidad e Tobago
  • Ilhas Virgens dos Estados Unidos
  • Vanuatu

Entretanto, as sanções contra estes países são limitadas. Os países europeus podem apenas congelar os fundos de cooperação que esses paraísos fiscais poderiam receber do bloco.

Protestos de ONG

A ONG Oxfam lamentou a decisão dos ministros das Finanças da União Europeia. “A Suíça aboliu seus regimes fiscais preferenciais, mas continua oferecendo às empresas incentivos fiscais importantes e taxas reduzidas. Provavelmente, isto continuará atraindo empresas que procuram evitar
pagar sua parcela justa de impostos”, informou a organização que luta contra os paraísos fiscais em um comunicado.

Carlo Cauti

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