UE vai continuar protegendo interesses de seus cidadãos, diz Barnier sobre Brexit
O chefe das negociações da União Europeia com o Reino Unido, Michel Barnier, disse nesta quinta-feira (29) que não irá fazer novas considerações ou concessões antes da data final do Brexit.
Em seu perfil do Twitter, Barnier disse que permanecerá protegendo os interesses de seus cidadãos. “O PM Boris Johnson disse que o Reino Unido deixará a UE em 31 de outubro. Em todas as circunstâncias, a UE continuará protegendo os interesses de seus cidadãos e empresas, bem como as condições de paz e estabilidade na ilha da Irlanda. É nosso dever e nossa responsabilidade”.
A Irlanda faz parte da União Europeia, e a Irlanda do Norte pertence ao Reino Unido. A fronteira entre essas duas nações é um dos principais empecilhos para um Brexit com acordo.
Barnier fez o post um dia após o premiê do Reino Unido tomar a decisão de suspender o Parlamento britânico por aproximadamente um mês, diminuindo as chances de um possível impedimento da saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo.
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Suspensão do parlamento britânico para facilitar Brexit
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu à Rainha Elizabeth II a suspensão do parlamento até o dia 14 de outubro na última quarta-feira (28). O movimento inédito pode confirmar um Brexit sem acordo.
Os parlamentares deveriam voltar da recessão de verão no dia 3 de outubro, porém, após o pedido ser acatado pela Rainha, o período do dia 14 ao 31 de outubro, data limite para a conclusão do Brexit, se tornou insuficiente para os contrários à retirada do Reino Unido do bloco europeu conseguirem aprovar leis bloqueando-a.
O premiê britânico afirmou que não gostaria de aguardar até depois do Brexit “antes de continuar com nossos planos para levar o país adiante” e disse que ainda teria “tempo suficiente” para os parlamentares debaterem a separação da União Europeia. As informações são da “BBC”.
Rainha Elizabeth II aprova suspensão do Parlamento britânico
A Rainha Elizabeth II aprovou o pedido do governo e suspendeu o Parlamento britânico, solicitado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, na última quarta-feira (28).
O Legislativo do Reino Unido não irá se reunir do dia 9 de setembro, quando inicia o recesso de verão, até o dia 14 de outubro. Dessa forma, não poderá votar emendas contrárias ao Brexit. Essa é a suspensão mais longa desde 1945, segundo o The Guardian.