A União Europeia (UE) aprovou um plano de 10 pontos para conter a concorrência econômica desleal da China. O documento tem 10 pontos e tem como objetivo construir relações econômicas mais equilibradas com Pequim.
A Comissão Europeia, órgão executivo da UE, elaborou o projeto, pedindo aos líderes europeus apoio à iniciativa. O documento indica a necessidade de conter empresas estatais chinesas e aumentar a proteção contra ameaças à segurança cibernética.
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Mudança de postura da UE
Esse plano de ação marca uma mudança na posição do bloco europeu em relação ao seu principal parceiro comercial. O documento será debatido entre os líderes dos países membros da UE na próxima cúpula em Bruxelas. A reunião está marcada para os dias 21 e 22 de março, antes da cúpula UE-China, prevista para o dia 9 de abril.
A Comissão Europeia salientou a necessidade de cooperar mais com o governo de Pequim em áreas como mudança climática e paz. Entretanto, os europeus querem pressionar os chineses para uma relação econômica mais equilibrada. Com reciprocidade no comércio e medidas para proteger a indústria, em particular contra a pirataria e a violação de patentes.
A União Europeia está preocupada com as distorções do mercado chinês. Entre as quais estão o excesso de capacidade produtiva e a violação de tecnologias. As mesmas preocupações expressas repetidas vezes pelo governo dos Estados Unidos. Entretanto, Bruxelas evitou tomar partido na guerra comercial em andamento entre Washington e Pequim. Um atrito que poderia prejudicar um fluxo comercial de cerca de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 760 bilhões).
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Mudança nas leis europeias
No documento, a Comissão Europeia também salientou como empresas chinesas interessadas em obter contratos públicos da UE tenham que respeitar aos altos padrões trabalhistas e ambientais do bloco. Além disso, o plano de ação indica a necessidade de modificar as leis europeias para evitar que estatais chinesas possam obter subsídios operando no mercado comum europeu.
Sob o ponto de vista da segurança, a Comissão também salientou como os países europeus tenham que encontrar uma linha comum sobre a segurança das redes de telecomunicações 5G. Um ponto muito delicado, considerando que alguns países europeus, como a Itália, sinalizaram o interesse na tecnologia 5G de empresas chinesas.
Do ponto de vista dos fluxos comerciais, a China é o primeiro mercado da UE para as importações e o segundo mercado para as exportações. Os Estados Unidos vem logo depois. No total, o comércio entre a China e a União Europeia movimenta mais de US$ 1 bilhão por dia, com um superávit comercial chines em bens que chegou a US$ 200,4 bilhões em 2017.
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