UBS reduz previsão de queda para o PIB em 2020 para 5,5%
O banco suíço UBS divulgou nessa quinta-feira (16) um relatório chamado de “Brasil: uma luz no fim do túnel”, no qual reduziu sua previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020, para 5,5%, ante a 7,5% na última projeção. Em contrapartida, para o ano que vem, o UBS agora espera que o PIB brasileiro avance 3%, ao passo que a projeção anterior estimava uma expansão de 3,5%.
Um dos motivos da revisão da projeção do PIB foi o auxílio emergencial de R$ 600 se mostrar efetivo dando suporte à população mais carente. “Os programas do governo, principalmente o ‘coronavoucher‘ (como é conhecido o auxílio emergencial), se provaram bem-sucedidos em apoiar a renda”, explicaram os economistas do UBS, Tony Volpon e Fabio Ramos.
Além disso, o relatório destacou que a revisão é reflexo da forte recuperação da economia da China, e o resumo da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic), para 2,25% ao ano, o que coopera para suavizar as condições financeiras e reduzir as incertezas, embora ainda sejam altas.
Por outro lado, os economistas do banco suíço preveem que o declínio do mercado de trabalho e os baixos níveis de investimentos devem prejudicar o crescimento também no ano que vem.
Por sua vez, sobre as conversas sobre a continuação do auxílio emergencial e a criação do programa Renda Brasil, os economistas salientam que “os resultados deste debate serão vitais para a perspectiva de crescimento”.
Além disso, o relatório apontou que para conseguir sustentar o nível corrente de gastos com auxílio do mercado, o governo e Congresso devem compensar déficits mais elevados no curto prazo com reformas para solidificação fiscal no longo prazo.
PIB nos primeiros trimestres do ano
Em relação aos primeiros trimestres desse ano, os economistas projetam que houve uma queda de 10,8% no PIB entre o primeiro trimestre e o segundo trimestre. Já no período entre julho e setembro, o avanço na economia deve ser de 6,8%, ante o trimestre anterior.
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Entre outubro e dezembro, o banco prevê um crescimento de 2,1% do PIB, ao passo que no mesmo período em 2021, o Produto Interno Bruto do Brasil deve estar 2,7% menor em comparação aos níveis anteriores a crise.