O banco UBS comunicou nesta sexta-feira (19) que elevou a recomendação das ações da SulAmérica (SULA11) de neutra para compra e cortou o preço-alvo de R$ 62 para R$ 54.
Conforme relatório assinado pelos analistas do banco, Vinicius Ribeiro e Mariana Taddeo, a companhia historicamente compensou a rotatividade. O documento também aponta para a expansão do portfólio de planos de saúde da SulAmérica.
Nesse sentido, a instituição financeira avaliou que os papéis da companhias de seguros negociam com um desconto “injustificado” em comparação com outras empresas que atuam no mesmo setor.
Dessa maneira, o preço-alvo das ações foi cortado com base na redução para os lucros de 2020 e 2021 em 12% e 30%, respectivamente. Isso ocorreu em razão dos desinvestimentos da SulAmérica e do menor resultado financeiro da companhia devido às taxas de juros mais baixas.
Segundo o relatório, a queda esperada de 5% e 9% nos prêmios nos preços dos planos de saúde também deve apresentar efeito nos resultados da companhia e da base ao novo preço para a ação.
De acordo com dados extraídos do SUNOAnalítica as ações da SulAmérica registraram alta de 4,02%, cotadas a R$ 45,50. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, encerrou o dia em alta de 0,46%, a 96.572,10 pontos.
SulAmérica ganha consistentemente participação no mercado, diz UBS
O banco ainda informou que a companhia ganhou consistentemente participação no mercado, por meio de preços menores em razão da eficiência de suas medidas.
“Mesmo em um cenário terrível para os planos de saúde privados, acreditamos que a maior flexibilidade da SulA e o lançamento do portfólio ‘Direto’ permitirá continuar ganhando participação”, comunicou o UBS.
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A instituição financeira projetou que o impacto das novas previsões para a epidemia do novo coronavírus no Brasil deve ser de R$ 370 milhões sobre os custos médicos da companhia, além de 2 pontos percentuais na razão de perdas .
Com isso, o banco estima que a venda das unidades de seguros para automotivos e property and casualty seja concluída no terceiro trimestre deste ano. O UBS espera um impacto positivo de 40 milhões nos direitos reclamados com base nos dados de abril da Superintendência de Seguros Privados da SulAmérica.