Os economistas do UBS no Brasil informaram em relatório a clientes nesta quinta-feira (19), que diminuíram a previsão para taxa básica de juros no País no fim de 2019 a 4,75% em comparação a expectativa anual anterior de 5,25%. A diminuição é decorrente da diminuição da taxa Selic realizada na última quarta (18).
No comunicado, os economistas Fábio Ramos e Tony Volpon afirmaram que: “dadas as nossas projeções de crescimento e da taxa de câmbio, acreditamos que o BC reduzirá a Selic em mais 50 pontos-base na reunião de outubro e fará um corte final de 25 pontos-base na reunião de dezembro, com a Selic caindo para 4,75% até o final do ano”.
Além disso, declararam que, em 2020, uma Selic de 4,75% juntamente com uma inflação em cerca de 4,0% deixará a taxa real próxima de 0,7%, causando uma expansão substancial dos estímulos monetários.
“Como a meta de inflação para 2021 é de 3,75% e vemos a taxa neutra real entre 1,5% e 2,0%, vemos a taxa Selic voltando a 5,25% até o final de 2020.”, salientaram os economistas.
Corte da Taxa Selic
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu na última quarta-feira (18) cortar de 0,50 ponto percentual da taxa básica de juros (Selic).
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A taxa básica de juros ficou em 5,50% ao ano, em um nova mínima histórica. Essa foi a segunda vez que o BC corta a taxa básica de juros desde o começo do mandato de Roberto Campos Neto, no começo de 2019.
A decisão do Banco Central tinha sido prevista pelos analistas do mercado. O último Boletim Focus, divulgado na última segunda-feira (16), indicou uma previsão da taxa em 5,00% até o final de 2019.
O novo corte da Selic foi motivado pelo cenário macroeconômico. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) diminuiu para 0,11% em agosto. No mês de julho, o índice registrou uma alta de 0,19%.