Uber (U1BE34) concede direitos trabalhistas aos motoristas do aplicativo no Reino Unido
A Uber (U1BE34) [Baixe agora o relatório gratuito de BDRs] concederá aos seus motoristas no Reino Unido direitos trabalhistas e um pagamento de férias, uma mudança onerosa em um de seus maiores mercados no exterior.
De acordo com a Uber, será garantido aos seus motoristas o salário mínimo no país somente depois que eles aceitarem uma viagem, não a partir do momento em que eles se inscreverem no aplicativo e estiverem prontos para trabalhar, como os ativistas trabalhistas exigiram.
Com isso, o aplicativo anunciou que as mudanças ocorrem a partir da quarta-feira, após perder seu recurso final no último mês de decisões de tribunais inferiores que concederam a um grupo de ex-motoristas da empresa um tipo de status de emprego no Reino Unido.
A mudança reclassifica os motoristas do aplicativo como “trabalhadores” (workers, em inglês) em vez de contratantes independentes, fazendo com que o Reino Unido seja o primeiro lugar onde a Uber está pagando diretamente pelas férias e pensões de seus motoristas. A empresa já oferece seguro médico em diversos mercados.
Segundo a Uber explicou ao Suno Notícias, o status de “worker” é uma classificação específica da legislação do Reino Unido. “Os profissionais com esse status não são empregados das empresas, mas têm acesso a certas proteções da sociedade britânica, como pagamento mínimo e pensão”, declarou a empresa. A Uber anunciou que não vai recorrer da decisão da Suprema Corte que classificou um grupo de motoristas como “worker” e que vai estender essa classificação para todos os motoristas parceiros do Reino Unido.
Vale lembrar que no ano passado, a empresa venceu uma grande batalha na Califórnia que o impediu de reclassificar seus motoristas como funcionários elegíveis para amplos benefícios trabalhistas.
Como parte de sua vitória na Califórnia, a Uber também ofereceu alguns novos benefícios, incluindo seguro saúde para alguns motoristas. A empresa repassou parte de seus custos aos passageiros na forma de preços mais altos.
O Uber e outros estão fazendo lobby para tornar esse modelo o padrão nacional nos EUA, e a empresa fez propostas semelhantes na Europa.
Uber e outros aplicativos de corrida serão taxados no Rio de Janeiro
Além disso, nesta terça-feira (16), a Prefeitura do Rio de Janeiro decretou que os aplicativos de corrida, como a Uber, serão taxados na cidade, começando a valer daqui 30 dias.
A nova regulamentação para o transporte de passageiros por aplicativo, entre outras medidas, estipula a cobrança de uma taxa de 1,5% sobre o valor cobrado dos passageiros do mês anterior, conforme o Decreto 4.8612, de 15 de março.
A quantia paga das taxas será utilizada na manutenção de vias públicas e fiscalização das normas para o transporte por aplicativos ou plataformas.
Contudo, a taxa será aplicada às empresa, assim, esse percentual não deve ser descontado dos motoristas e nem repassado aos passageiros.
O pagamento da taxa deverá ser feito até o terceiro dia do mês, através do Documento de Arrecadação de Receitas Municipais (DARM).
Além disso, com o novo decreto, os motoristas devem contratar seguro para os passageiros, além do DPVAT e também se inscrever no INSS para recolher contribuição como motorista profissional, além de ter carteira de habilitação da categoria B.
Última cotação:
O BDR da Uber fechou o pregão em queda de 2,34%, a R$ 82,76.