A Uber Technologies anunciou uma nova estratégia para constatar se os passageiros estão utilizando máscaras nos veículos. O aplicativo deve promover um recurso global que faz com que os clientes tirem uma foto com a câmera frontal dos dispositivos, a chamada selfie, para comprovar o uso da proteção. A informação foi divulgada nessa terça-feira (1).
A estratégia da Uber foi promovida após a implementação de uma política semelhante instituída em maio para os motoristas dos automóveis. “Sem máscara, sem viagem”, anunciou.
As novas exigências são que não só os motoristas mas também os passageiros utilizem máscaras durante as viagens e ainda comprovem com a selfie. Caso não haja o cumprimento da nova regra, a conta pode ser desativada e a viagem pode ser cancelada sem multa pela outra parte.
Enquanto os motoristas devem tirar uma foto todos os dias no início das corridas, para os passageiros a imagem só será solicitada caso haja alguma reclamação.
“Definitivamente, queríamos ter certeza de que estamos direcionando esse recurso para os passageiros que talvez estejam apenas voltando para a plataforma e talvez não estejam cientes de … nossa política (de máscara)”, afirmou o diretor sênior de gestão de produtos da Uber, Sachin Kansal.
A tecnologia de reconhecimento facial não será aplicada pelo Uber, entretanto é possível detectar a máscara como um objeto no rosto, disse Kansal. As fotos serão armazenadas por 96 horas para resolver eventuais problemas, após a duração são excluídas de forma permanente, completou.
A regra será lançada nos EUA e no Canadá até o final desse mês, enquanto para outras regiões do mundo a data será outra, declarou o aplicativo.
Uber: Justiça determina que empresa ofereça mais proteção aos entregadores
A Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a Uber deverá fornecer mais proteção aos entregadores da Uber Eats devido a pandemia de coronavírus (Covid-19). Entre as determinações da Justiça, estão: o fornecimento de álcool em gel, auxílio financeiro em caso de afastamento e pontos de apoio para higienização. A juíza Josiane Grossl, titular da 73ª Vara do Trabalho de São Paulo, atendeu, com isso, um pedido que havia sido solicitado pelo Ministério Público do Trabalho. As informações são da “Agência Brasil” e foram publicadas nesta sexta-feira (21).
A decisão foi justificada pela juíza como uma prevenção devido ao aumento da demanda delivey de comida com a chegada da pandemia de coronavírus. “Ao mesmo tempo em que a utilização do delivery reduz o risco de contágio do consumidor que recebe o produto em casa, os trabalhadores que realizam as entregas ficam expostos ao contágio do coronavírus e, em razão disso, necessária a tomada de medidas a fim de reduzir o risco de propagação do vírus entre esses trabalhadores”, disse Grossl.
Além de produtos de higiene, a Uber deverá instalar mais pontos de apoio aos entregadores, os denominados centros de higienização. O aplicativo conta, atualmente, com um local no centro da cidade de São Paulo, porém outros quatro pontos deverão ser instalados com a nova decisão.
Saiba Mais: Uber: Justiça determina que empresa ofereça mais proteção aos entregadores
A juíza também determinou que a empresa deverá continuar com uma assistência financeira aos trabalhadores que, por causa da contaminação pelo coronavírus, tiverem que se afastar das atividades. Isso deverá permanecer até que a fase azul da quarentena seja decretada pelo governo estadual. A Uber deverá arcar com multas que variam de R$ 1 mil ao valor máximo de R$ 500 mil por item não seguido.
A Uber informou, em nota, que a Uber Eats “já cumpre a maioria das medidas trazidas na decisão”. Sobre as exigências que ainda não estão sendo executadas, a companhia afirmou que vai recorrer. A Uber Eats ainda salientou que reembolsa os seus colaboradores pelos gastos com álcool em gel e máscaras, além de fornecer as orientações para evitar a contaminação.