Uber: agência dos EUA decide que motoristas são funcionários terceirizados
Uma agência de trabalho dos Estados Unidos decidiu na terça-feira (14) que os motoristas da Uber não são funcionários, e sim terceirizados. Dessa forma, a decisão pode ser significativa em processos contra a empresa de aplicativo de transporte.
Além disso, a posição da agência também dá base para impedir a criação de um sindicato dos motoristas da Uber. A recomendação foi feita pelo consultor geral Peter Robb. Dessa forma, ele assinou o memorando em 16 de abril, contudo, o documento só foi divulgado na terça. Isso porque ele foi nomeado para o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas (NLRB) pelo presidente Donald Trump.
Motoristas terceirizados
Entre os argumentos usados no documento para embasar a decisão de que os motoristas da Uber são terceirizados estão:
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- eles definem o horário em que trabalham;
- possuem os próprios carros;
- podem escolher trabalhar simultaneamente para concorrentes da Uber.
Com tudo isso, a agência decidiu que os motoristas não podem ser considerados funcionários sob a lei trabalhista federal. Nesse sentido, em março, a empresa decidiu pagar US$ 20 milhões em acordo com motoristas sobre uma ação trabalhista.
O processo foi aberto há seis anos e nele os motoristas afirmam que são funcionários e não trabalhadores independentes. Por isso, eles pediam ajustes salariais, além de reembolso de despesas.
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IPO da Uber
A Uber fez sua oferta pública inicial de ações (IPO) na sexta-feira (10). Com isso, a empresa captou um total de US$ 8,1 bilhões na venda dos papéis. Por sua vez, a avaliação de mercado foi de US$ 82,4 bilhões.
As ações foram precificadas no IPO a US$ 45. A empresa tomou a medida de cautela com receio de perder valor diante de um mercado incerto. A Uber não quis repetir o que houve com a rival Lyft, que perder cerca de 37% de valor de mercado depois da abertura de capital.
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Contudo, a estreia da Uber na bolsa não rendeu resultados brilhantes. Após a abertura, as ações já chegaram a cair mais de 10%. Por volta das 12h45 desta desta quarta-feira (15), os papéis operam em alta de 2,75%, sendo negociados a US$ 41 cada.