O Uber anunciou nesta terça-feira (30) a demissão de 400 funcionários. O aplicativo de transporte urbano planeja reduzir de um terço o número de funcionários do departamento de marketing.
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O presidente do Uber, Dara Khosrowshahi, enviou um email para os funcionários explicando as mudanças. O objetivo é reestruturar o quadro de funcionários da empresa para enfrentar o desaquecimento dos negócios. As demissões representam cerca de 1,6% da força de trabalho global do aplicativo.
“Hoje há uma sensação geral de que, embora tenhamos crescido rapidamente, desaceleramos”, escreveu Khosrowshahi no e-mail, “É natural quando as empresas crescem, mas é algo que devemos enfrentar, e rapidamente. E eu estou aqui para ganhar uma corrida realmente importante”.
Abertura de capital do Uber
O Uber realizou uma oferta pública inicial de ações (IPO) na Bolsa de Valores de Nova York. em maio de 2019. Com seu IPO, o Uber conseguiu uma avaliação de mercado de US$ 82,4 bilhões, sendo uma das maiores abertura de capital dos EUA e da história.
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Entretanto, suas ações estão sendo negociadas abaixo do preço alcançado na abertura de capital, de US$ 45. O aplicativo, sediado em São Francisco, está sob pressão por parte dos investidores por causa de seus resultados financeiros negativos. Uma condição negativa parecida com a de sua rival, o Lyft.
O Uber encerrou o primeiro trimestre com um prejuízo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,80 bilhões). No mesmo período do ano passado, o aplicativo registrou um lucro de US$ 3,7 bilhões. Por outro lado, o faturamento teve alta de 20% ante o mesmo período de 2018, com US$ 3,1 bilhões.
Já as receitas obtiveram alta de US$ 2,6 bilhões, um aumento de 10% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. O crescimento indica que outros serviços oferecidos pelo Uber, como a entrega de comidas (UberEats), impulsionaram o desempenho da empresa.