Uber compra Careem, sua rival no Oriente Médio, por US$ 3,1 bilhões
A Uber fechou a aquisição da Careem, sua principal rival no Oriente Médio, por US$ 3,1 bilhões. O anúncio foi feito nesta terça (26) pela gigante americana.
O pagamento pela compra da Careem vai ser feito de duas formas. A Uber vai pagar US$ 1,4 bilhão em dinheiro e outro US$ 1,7 bilhão em notas conversíveis.
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“Este é um momento importante para a Uber ao continuar a expandir a força de nossa plataforma no mundo”, disse o CEO da companhia, Dara Khosrowshahi.
A transação deve ser finalizada no primeiro trimestre de 2020, já que ainda precisa passar pela aprovação de órgãos reguladores internacionais. O “Cade do Egito” já havia manifestado reservas com o acordo de fusão. Segundo o órgão, o negócio poderia causar um “dano grave e irreversível” no mercado.
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A empresa de Dubai deve manter sua marca e vai atuar como uma subsidiária da Uber nos 15 países onde atua:
- Arábia Saudita
- Bahrein
- Egito
- Emirados Árabes Unidos
- Iraque
- Jordânia
- Kuwait
- Líbano
- Marrocos
- Palestina
- Paquistão
- Qatar
- Sudão
- Turquia
Os sistemas de mobilidade, entrega e pagamento da empresa árabe serão transferidos para a Uber, que deve trabalhar para desenvolvê-los. Há em vistas o lançamento dos aplicativos Careem Pay (pagamento digital) e Careem Now (entrega de comida).
IPO
A gigante americana terá sua oferta pública inicial de ações (IPO) em abril deste ano. No entanto, a previsão é de que a empresa consiga captar US$ 120 bilhões com a oferta, se tornando uma das maiores da história.
O IPO deve acontecer semanas depois do oferta inicial da Lyft, principal concorrente, que abrirá capital em março.
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A ação simultânea dos aplicativos pode ser boa para as duas empresas. Por ser menor, a Lyft se lançará primeiro no mercado, podendo arrecadar mais fundos com investidores que buscam empresas com grande potencial de rendimento. A Uber aproveitará a euforia do mercado, que espera a abertura de capital das empresas.
Balanços
Em 2018, a gigante do transporte compartilhado alcançou a marca de US$ 50 bilhões (cerca de R$ 189,2 bilhões) obtidos com corridas realizadas durante o último ano. O valor considera tanto os serviços de transporte de passageiros quanto as entregas de comida.
Entretanto, o app de mobilidade continuou registrando perda durante o último ano.
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De acordo com a empresa, o número de corridas realizadas em 2018 foi 45% maior do que em 2017. Além disso, durante o 4º trimestre as corridas chegaram ao valor recorde de US$ 14,2 bilhões. Um crescimento de 11% em comparação com o trimestre anterior.
No entanto, a receita da Uber cresceu apenas 2% no 4º trimestre, alcançando US$ 3 bilhões. Vale lembrar que nem todo o valor das corridas vai para o app, pois a maior parte fica com os motoristas.