A agência pública de Transporte de Londres (TfL), Reino Unido, informou nesta segunda-feira (25) que não vai renovar a licença da Uber (UBER) para atuar na cidade por questões de falta de segurança dos passageiros.
De acordo com a TfL, há “diversas violações que colocam os passageiros e sua segurança em risco”. Além disso, a agência classificou a Uber como “não ajustada e apropriada nesse momento”.
Nesta segunda, por volta das 10h, após o anúncio de Londres, as ações da empresa caíam 4,67% sendo negociados a Us$ 28,18.
O aplicativo de transporte privado informou em comunicado que vai recorrer a decisão, e tem 21 dias para isso. A empresa pode continuar atuando durante o período de tramitação do apelo.
Black Friday Suno – pague 2 anos e leve 3 nas principais assinaturas da Suno Research
“Nós fundamentalmente mudamos o nosso negócio nos últimos dois anos e estamos definindo o parâmetro de segurança”, salientou a Uber.
A empresa já enfrentou uma série de processos no Reino Unido, incluindo os direitos trabalhistas de motoristas. Dessa forma, em 2017, a plataforma implementou mudanças para garantir a licença do aplicativo na cidade.
Entretanto a TfL reconhece que há ainda outras melhorias que precisam ser feitas. “Como reguladora de serviços de contratação privada em Londres, somos obrigados a tomar hoje uma decisão sobre se a Uber está apto ou não para possuir uma licença. A segura é nossa prioridade absoluta”, informou a agência.
“Embora reconheçamos que a Uber fez melhorias, é inaceitável que tenha permitido que os passageiros entrem em carros com motoristas potencialmente sem licença e sem seguro”, completou.
A decisão de excluir a empresa de atuação na cidade é um revés para a Uber que já tem registrado prejuízos e quedas na ações desde a abertura de seu capital (IPO), no dia 10 de maio deste ano. A empresa está cotada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).
Prejuízos da Uber
No primeiro trimestre do ano a Uber registrou prejuízo de US$ 1 bilhão.No mesmo período do ano passado, o aplicativo registrou um lucro de US$ 3,7 bilhões.
No segundo trimestre a empresa de transporte registrou o maior prejuízo de sua história para o período de abril a junho, com uma perda de US$ 5,23 bilhões. Nesse resultado negativo estão inclusos os custos de compensação financeira da abertura de capital. Despesas que somaram U$$ 3,9 bilhões.
No mesmo período em 2018, o prejuízo havia sido de U$$ 878 milhões, sem os custos de compensação o valor perdido foi de U$$ 656 milhões.
No terceiro trimestre não foi diferente para companhia que comunicou que o prejuízo cresceu para US$ 1,16 bilhão entre julho e setembro, em comparação a resultado negativo de US$ 986 milhões em 2018.
Ações do aplicativo em queda
As ações do aplicativo permanecem em constante em queda desde seu IPO. Na abertura de seu capital que captou um total de US$ 8,1 bilhões no final do pregão as ações fecharam com queda de 7%.
Confira Também: Uber Technologies: Cofundador vende 20% de sua participação acionária
Após a divulgação do balanço do terceiro trimestre a Uber encerrou sendo cotada com uma queda de 7,4% em suas ações.