A empresa americana de alimentos, Tyson Foods (NYSE: TSN), anunciou nesta quarta-feira (20) que pagará US$ 221,5 milhões como acordo para encerrar todas as ações envolvendo reivindicações de classe em seu litígio antitruste na área de frango de corte.
A Tyson Foods, maior empresa de carnes e principal fornecedora de frango dos Estados Unidos, foi acusada de coordenar a produção com a finalidade de elevar preços de cortes como por exemplo de peito e asa.
Como resposta, a companhia em conjunto com outras empresas de frango que foram acusadas, alegam que a alta de preços ocorreu em função dos fatores de mercado.
“A empresa acredita que os acordos foram no melhor interesse da empresa e de seus acionistas, a fim de evitar a incerteza, o risco, as despesas e a distração de litígios prolongados”, informou a Tyson.
Os gastos serão refletidos nas demonstrações financeiras do primeiro trimestre deste ano.
Além disso, a empresa americana de alimentos havia anunciado no último ano que iria cooperar com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos na investigação sobre o cartel de frango.
Após ter recebido uma intimação do júri norte-americano em 2019, a empresa descobriu que alguns de seus funcionários estavam envolvidos no esquema ilegal de fixação de preços.
Tyson Foods e a empresa da JBS são os maiores produtores nos EUA
A indústria de frango nos Estados Unidos é dominada por um pequeno número de empresas após décadas de consolidação. As cinco maiores empresas controlam 61% da produção de frango norte-americana.
Tyson Food, o maior produtor do país, controla 21% do mercado. A Pilgrim’s Pride, com sede no Colorado, mas controlada pelo grupo JBS (JBSS3), representa cerca de 17% do mercado. A empresa, segunda maior dos EUA no setor, produz anualmente cerca de 13 bilhões de libras de frango.