A empresa americana de alimentos, Tyson Foods (NYSE: TSN), anunciou que cooperará com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos na investigação sobre o cartel de frango. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (10) pelo jornal “The Wall Street Journal”.
A Tyson Foods contribuirá na investigação que tem como alvo outros fornecedores de aves no país. Em troca, a empresa evitará processos criminais relacionados a fixação de preço dos produtos a base de frango dos EUA.
Após ter recebido uma intimação do júri norte-americano em 2019, a empresa descobriu que alguns de seus funcionários estavam envolvidos no esquema ilegal de fixação de preços. De acordo com o depoimento dado ao jornal estadounidense, a Tyson entrou em contato com o Departamento de Justiça e divulgou os crimes cometidos em troca de um acordo de leniência.
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O programa de leniência corporativa do Departamento de Justiça dos EUA indica que a primeira empresa a relatar sua participação em uma conspiração de fixação de preços pode evitar condenações criminais, multas e prisão de seus funcionários.
Ao cooperar com a justiça norte-americana, a Tyson também traz alívio aos seus investidores, já que muitos estavam preocupados com a indústria de carne dos EUA. Esse setor alimentício está em constante observação pelos oficiais de justiça no país depois de ser alvo de diversas acusações feitas por redes de supermercados, restaurantes e consumidores.
Tyson Foods e a empresa da JBS são os maiores produtores nos EUA
A indústria de frango nos Estados Unidos é dominada por um pequeno número de empresas após décadas de consolidação. As cinco maiores empresas controlam 61% da produção de frango norte-americana.
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Tyson Food, o maior produtor do país, controla 21% do mercado. A Pilgrim’s Pride, com sede no Colorado, mas controlada pelo grupo JBS (JBSS3), representa cerca de 17% do mercado. A empresa, segunda maior dos EUA no setor, produz anualmente cerca de 13 bilhões de libras de frango.
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