O Twitter (TWTR34) divulgou nesta quinta-feira (29) seu resultado referente ao primeiro trimestre de 2021. A rede social registrou uma receita abaixo do consenso, um sinal de que o serviço de mídia social não capitalizou totalmente o boom da publicidade digital em meio à pandemia.
De acordo com o relatório divulgado pelo Twitter, as vendas aumentaram 28% no primeiro trimestre, ficando atrás de alguns de seus pares de publicidade digital. O Facebook e a Alphabet (GOGL34), dona do Google, divulgaram também nesta semana uma receita trimestral acima das estimativas dos analistas.
A receita, por sua vez, foi de US$ 1,04 bilhão nos três meses encerrados em 31 de março, correspondendo à estimativa média dos analistas. O lucro líquido foi de US$ 68 milhões, ou US$ 0,8 por ação, contra um prejuízo de US$ 8,4 milhões, ou US$ 0,01 por ação no mesmo trimestre de 2020.
Além disso, a empresa informou que os usuários ativos diários aumentaram 20%, para 199 milhões, somando 7 milhões desde o trimestre anterior.
Para o segundo trimestre, a empresa prevê que as vendas devem anotar entre US$ 980 milhões a US$ 1,08 bilhão.
A pandemia não diminuiu as contratações do Twitter. A empresa agora possui cerca de 6 mil funcionários no total, um aumento de 20% em relação ao ano anterior.
O aumento de novos funcionários também aumentou os custos de compensação com base em ações da empresa. O Twitter aumentou sua estimativa para 2021 de compensação baseada em ações para US$ 600 milhões, de uma faixa de US$ 525 milhões a US$ 575 milhões relatada anteriormente.
Facebook e Twitter perdem US$ 51 bi em valor de mercado após banimento de Trump
Em janeiro, o Twitter e o Facebook (FBOK34) suspenderam a conta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após o mandatário incitar atos violentos que culminaram na invasão do Capitólio.
Aclamada por uns e criticada por outros, fato é que a decisão das empresas de rede social levou ao desaparecimento de US$ 51,2 bilhões (o equivalente a R$ 271,87 bilhões) em valor de mercado das gigantes combinado nos dois últimos pregões.
Depois dos eventos que sucederam na quarta-feira (6), companhias responderam à retórica do presidente norte-americano, seja repudiando publicamente ou interrompendo negócios junto ao grupo empresarial de Donald Trump. Mas talvez o maior passo tenha sido dado pelo Facebook e pelo Twitter, que baniram o republicano de suas plataformas, meios importantes para a estratégia de comunicação do mandatário.
Última cotação
Neste pregão, o BDR do Twitter fechou em queda de 4,04%, aos R$ 173, 69.
