A nova carta enviada pelo CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, ao Twitter (TWTR34), foi considerada “inválida e errada” pela rede social.
Na carta, Elon Musk reforça o pedido de rescisão do contrato da aquisição do Twitter.
Os advogados de Musk citaram as alegações de Peiter Zatko, ex-chefe de segurança da empresa. Uma carta inicial foi enviada à companhia em 8 de julho para informar a desistência do negócio. Desde então o Twitter continua questionando a validade do fim do acordo.
O documento mais recente alega “má conduta de longo alcance” no Twitter, o que ocasionaria “graves consequências” para os negócios da empresa. “Como foi o caso com o seu suposto aviso de rescisão de 8 de julho de 2022, a suposta rescisão estabelecida em sua carta de 29 de agosto de 2022 é inválida e injusta nos termos do contrato”, respondeu a empresa.
De acordo com a equipe jurídica do Twitter, não houve violação das suas obrigações sob seu acordo de fusão com Elon Musk. A empresa “pretende cumprir o acordo e fechar a transação no preço e nos termos acordados com as partes de Musk”, pontua um trecho do documento.
Os advogados do CEO da Tesla também afirmaram, na última carta, que a informação vinda da denúncia de Zatko era conhecida pelo Twitter quando a aquisição da empresa foi acertada, o que levou o bilionário a deixar o negócio em julho.
As alegações “fornecem base adicional para encerrar o acordo hoje”, dizem os advogados na carta. Em denúncia apresentada em julho, Zatko acusou o Twitter de mentir a Elon Musk sobre o número de contas falsas ou “robôs” na rede social.
As ações do Twitter caíram 1,70%, a US$ 39,32, no fechamento desta terça (30) na Nasdaq. Já as ações da Tesla perderam 2,50%, a US$ 277,70.
Elon Musk intima ex-CEO do Twitter a compartilhar informações sobre contas falsas
O empresário e CEO da Tesla (TSLA34), Elon Musk, intimou o ex-CEO do Twitter (TWTR34), Jack Dorsey, a fornecer informações que possam ajudá-lo a encerrar o acordo de compra da rede social por US$ 44 bilhões.
Atualmente, Elon Musk está sendo processado pelo Twitter depois de afirmar que compraria a rede e, algumas semanas depois, alegar questões contratuais para recusar o acordo, assinado em abril.
Ambas as partes devem ir aos tribunais nos Estados Unidos ainda em meados de outubro, mês em que o julgamento está previsto para começar.
Os documentos divulgados na segunda passada (22) mostram que Jack Dorsey recebeu uma ordem judicial que pedia que ele entregasse a Elon Musk comunicações ou documentos relacionados ao acordo de compra do Twitter.
Entre as informações, Dorsey teria que compartilhar seu conhecimento sobre o número percentual de contas falsas na rede social – já que esse volume estava, segundo Musk, maior do que o previsto no contrato, posteriormente utilizado para a suspensão da aquisição.
Musk acusa o Twitter de fraude por compartilhar com ele informações supostamente enganosas. As contas falsas consideram o número de bots e contas de spam.
Enquanto o Twitter alega que o total é de menos de 5% dos usuários, Elon Musk afirma que os documentos mostram um volume bem maior.