Turismo está de volta? Ações no exterior sobem, já a CVC (CVCB3)…

A indústria do turismo internacional está começando a ver a luz no final do túnel onde o novo coronavírus (covid-19) conduziu todo o setor.

 

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A chegada das vacinas e as campanhas lançadas nos principais países do mundo estão dando esperança para o setor do turismo.

Mas é claro, ainda estamos longe da volta da normalidade. As companhias aéreas ainda queimam centenas de milhões de dólares por mês, e muitas fronteiras permanecem fechadas.

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Mas o vento parece ter mudado. A prova está na volta das reservas registradas pelos operadores do setor de turismo nas últimas semanas.

E, além disso, o andamento das ações de empresas turísticas nas Bolsas de Valores dos EUA e da Europa.

Turismo de volta a todo vapor?

Por exemplo, as ações da Wynn Resort Limited (NASDAQ: WYNN), uma das maiores empresas de turismo dos EUA, quase recuperaram as cotações pré-pandemia, chegando por volta dos US$ 135. Mesma coisa é o caso da Southwest Airlines (NYSE: LUV), maior companhia aérea de baixo custo do mundo, que está por volta de US$ 60. Ainda melhor no caso das Wyndham Hotels & Resorts (NYSE: WH), que já superaram o nível de março 2020, beirando os US$ 70.

No caso da Europa, as ações da Ryanair (LON: RYA) também subiram acima dos níveis pré-pandêmicos, apesar da companhia aérea irlandesa de baixo custo operar cerca de 80% menos voos hoje do que há um ano atrás.

Por sua vez, a Lufthansa (FRA: LHA) quase recuperou todas as perdas dos últimos 12 meses.

E Johan Lundgren, diretor-presidente (CEO) da Easyjet, já anunciou um aumento de 250% nas passagens vendidas em comparação com aquelas de um ano atrás. E no dia seguinte ao anúncio da vacina da Johnson & Johnson, os volumes de tráfego na site da aérea de baixo custo quadruplicaram.

Skyscanner – a plataforma de comparação de preços de passagens aéreas mais baratas – anunciou um aumento de 69% nas pesquisas cada semana.

Grandes nomes de cruzeiros como Carnival Cruises (NYSE: CLL) e Royal Caribbean (NYSE: RCL) ainda estão 39% e 25% abaixo de suas máximas no final de 2019. Mas eles se recuperaram de 215% e 285% em relação às mínimas de março, quando quase todos os navios ficaram ancorados em portos devido ao coronavírus.

O otimismo dos mercados também é influenciado pelo lançamento dos passaportes sanitários, anunciado pela China e apoiado também pela União Europeia (UE), em perspectiva das férias de verão do hemisfério norte.

Todavia, a oferta, tanto nos céus como nas estruturas de hospedagem no solo, ainda é muito limitada.

Mas a questão está começando a voltar com firmeza. Operadores de cruzeiros relatam um aumento de 30% nas reservas para o próximo outono em relação ao ano passado.

Concorrente voam, e a CVC (CVCB3)?

E no Brasil? A situação da maior empresa de turismo brasileiro parece um pouco diferente das concorrentes.

No caso da britânica Thomas Cook, que por sinal entrou em recuperação judicial em 2019, o tráfego no site cresceu 75% com um aumento nas reservas para o verão, especialmente entre as pessoas com mais de 50 anos.

E, considerando a oferta reduzida de voos regulares e pacotes de viagens, esse boom poderia elevar também a rentabilidade por causa da alta nos preços das reservas do próximo verão.

Por sua vez, a gigante alemã Tui (FRA: TUI) subiu 170% desde o pico mais baixo do bloqueio.

 

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Ao contrário, a CVC (CVCB3), que caiu de cerca de R$ 55 para cerca de R$ 8 em poucas semanas há um ano atrás, hoje está por volta de R$ 15,82. Andando de lado após uma leve alta no começo do ano.

A empresa parece não ter ainda superado seus problemas estruturais, além de estar sofrendo com o dólar muito elevado, com a crise econômica na Argentina – mercado fundamental – e com a piora da pandemia Brasil afora.

Segundo o presidente da CVC, Leonel Dias de Andrade Neto, a situação não está tão ruim assim. Em uma recente entrevista, ele explicou que a empresa está vendendo 50% a mais do que vendia há um ano. E a previsão é que até dezembro essa proporção seja 70% superior.

No terceiro trimestre do ano passado a empresa reportou um prejuízo de R$ 215,6 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 13,2 milhões em igual período de 2019.

No dia 30 de março a CVC vai divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2020.

Com a campanha de vacinação em andamento no Brasil, a gigante do turismo aposta em uma retomada com força do turismo doméstico até o final do ano. Mas a normalidade vai voltar somente em 2022, quando os balanços deveriam apresentar os níveis de 2019. Os investidores e os analistas agora se questionam se também a ação vai demorar tanto tempo para se recuperar.

 

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Carlo Cauti

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