Em 2021 o segmento de turismo, já penalizado pela pandemia desde os primeiros meses de 2020, deve perder uma cifra de US$ 2 trilhões em escala global, segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT).
O prejuízo para o setor é semelhante ao que foi visto em 2020. Contudo, com o surgimento da nova variante – a ômicron – o setor de turismo corre ainda mais riscos na reta final.
A OMT lembra que, apesar das melhoras recentes no segmento, as taxas de vacinação desiguais no mundo e as novas variantes de covid-19 poderão ter grande impacto sobre uma recuperação já ‘lenta e frágil’.
A entidade realiza nesta terça (30) a sua assembleia anual em Madri, e também destaca que o panorama de preço do petróleo e a crise da cadeia de suprimentos devem penalizar mais o setor em detrimento dos seus pares.
Os números mais recentes mostram que as chegadas de turistas internacionais em 2021 deverão continuar entre 70% e 75% inferiores aos níveis de 2019, antes da pandemia.
Somente na América do Sul, até setembro deste ano, a queda da contração no turismo internacional era de 85%, também comparado a 2019 – sendo que o Caribe é a exceção, com recuo de 35% no mesmo comparativo.
“Comunicação eficaz para restabelecer a confiança entre consumidores”
Além da perda da cifra para o Produto Interno Bruto (PIB) do setor, a OMT vê um volume entre US$ 700 bilhões e US$ 800 bilhões – um corte em mais da meta do US$ 1,7 trilhão visto no ano de 2019.
A OMT defende a tese de que a retomada do turismo internacional com toda segurança continuará a depender amplamente de uma resposta coordenada ente as lideranças dos países que possuem restrições de viagens, protocolos de segurança e de higiene.
Além disso, a entidade frisa que será necessária uma ‘comunicação eficaz para restabelecer a confiança entre consumidores’, considerando que algumas regiões do globo se sobressaem em termos de infecções.
Por sua vez, a Iata, associação que reúne as companhias aéreas, divulgou nota sobre o panorama do turismo reclamando que “os governos estão respondendo aos riscos da nova variante em modo de emergência, causando medo entre o público viajante”.
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