TST declara ilegalidade em greve dos trabalhadores da Petrobras (PETR4)

O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins, declarou, na última segunda-feira (17), como “abusividade e ilegalidade” a greve dos trabalhadores da Petrobras (PETR3; PETR4).

A paralisação teve início no dia primeiro de fevereiro e não havia data estipulada para o seu fim. Os petroleiros protestam contra demissões em massa na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e o descumprimento da Petrobras no acordo coletivo de trabalho (ACT).

Ao todo, são 21 mil trabalhadores e 121 unidades que aderiram a greve liderada por sindicatos.

Segundo o ministro, a paralisação tem motivação política. “Reconhecer, em caráter incidental, a abusividade e ilegalidade do movimento paradista dos petroleiros, que já dura 17 dias, tem motivação política, e desrespeita ostensivamente a lei de greve e as ordens judiciais de atendimento às necessidades inadiáveis da população em seus percentuais mínimo de manutenção de trabalhadores em atividades”, afirmou Martins.

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Em sua decisão, ficou estabelecido multas diárias que variam de R$ 250 mil a R$ 500 mil aos sindicatos em casos de descumprimento.

Além disso, o ministro autorizou a Petrobras a tomar “medidas administrativas cabíveis para cumprimento da presente determinação, a partir do reconhecimento da abusividade da greve praticada por aqueles que nela permanecerem”.

A estatal informou que já notificou as entidade sindicais e aguarda o retorno dos trabalhadores imediatamente. Por sua vez, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa os 13 sindicatos que aprovaram a greve, disse que ainda não foi notificada.

Petrobras diz que greve dos petroleiros não causa impactos na produção

A Petrobras informou que a greve dos petroleiros não causa impactos na produção da estatal. Segundo a petrolífera, as unidades seguem operando em condições adequadas mesmo após 17 dias de paralisação.

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“As unidades estão operando em condições adequadas de segurança, com reforço de equipes de contingência e não há impacto na produção. As entregas de produtos ao mercado também seguem normais”, informou a petroleira.

A Petrobras comunicou que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter ao menos 90% do efetivo trabalhando normalmente durante o período de greve “assegura a adoção de medidas necessárias para coibir descumprimentos e condutas de caráter abusivo”.

Poliana Santos

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