O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu implementar novamente o imposto sobre o alumínio importado do Canadá. A medida anunciada nesta quinta-feira (6) vem à tona um mês após o governo estadunidense fechar o novo acordo comercial com o México e o Canadá, visando reduzir as barreiras comerciais na América do Norte.
“Hoje cedo assinei uma proclamação que defende a indústria americana impondo tarifas de alumínio no Canadá”, disse o presidente Trump durante um discurso em uma fábrica da Whirlpool em Ohio. “O Canadá estava se aproveitando de nós, como sempre”, disse ele. “O negócio do alumínio estava sendo dizimado pelo Canadá, o que é muito injusto com nossos empregos e nossos excelentes trabalhadores de alumínio.”
Grandes grupos empresariais criticaram a decisão do presidente.
“Essas tarifas aumentarão os custos para os fabricantes americanos, terão a oposição da maioria dos produtores de alumínio dos EUA e retaliarão as exportações dos EUA – assim como fizeram antes”, disse Myron Brilliant, vice-presidente executivo e chefe de assuntos internacionais da Câmara de comércio dos EUA. “Pedimos ao governo para reconsiderar essa medida.”
Jim McGreevy, presidente do Beer Institute, que representa os fabricantes de cerveja americanos, disse que as tarifas foram um erro: “Os Estados Unidos importam mais alumínio primário do Canadá do que de qualquer outro país, tornando o Canadá uma peça-chave em muitos processos de fabricação americanos, incluindo a cadeia de abastecimento de cerveja”, disse McGreevy, acrescentando que só a indústria de bebidas pagou US$ 582 milhões em tarifas desde que entraram em vigor em 2018. “Estamos em contra da decisão de re-implementar os impostos do alumínio a um dos aliados mais importantes do nosso país.”
Em ano de eleição, Trump volta a implementar medidas protecionistas
Além das tarifas, Trump planeja assinar uma ordem executiva que exigiria ao governo federal adquirir certos medicamentos essenciais somente de fabricantes norte-americanos.
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Adicionalmente, a Casa Branca disse que Trump também orientará a Food and Drug Administration (FDA), principal reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a priorizar os fabricantes nacionais ao examinar medicamentos essenciais e ingredientes essenciais.