Trump proíbe americanos de investir em empresas que apoiam exército da China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (12) uma ordem executiva que proíbe norte-americanos de investir em um punhado de companhias chinesas que a Casa Branca alega fornecer e apoiar o exército da potência asiática. As informações são do jornal “The Wall Street Journal”.
De acordo com a reportagem, o decreto impede cidadãos e empresas estadunidenses de deter diretamente ou por meio de fundos que incluam qualquer uma das 31 companhias identificadas pela administração do presidente Donald Trump como apoiadoras da modernização do Exército de Libertação do Povo (LPA, na sigla em inglês, o conjunto das forças militares da China).
Essas empresas, que abarcam grandes estatais do setor aeroespacial, de engenharia naval e de construção, assim como companhias de tecnologia como o Inspur Group, viabilizam o acesso de militares chineses a tecnologias avançadas e expertise para ajudar sua expansão e permitir que o LPA possa assumir uma postura mais agressiva, afirmou um funcionários da administração ao jornal.
A ordem executiva, que está sob revisão há meses, segundo fontes do governo, proíbe a aquisição ou investimento em fundos de mercados emergentes, que incluem as empresas, a partir do dia 11 de janeiro. Nesse sentido, o decreto estabelece aos investidores um prazo até novembro de 2021 para se desfazerem de quaisquer investimentos que contenham um dos títulos chineses.
Trump busca barrar China por ordem executiva
O governo do presidente Donald Trump vem tentando barrar a expansão econômica, política e militar da rival China há meses e agora optou para ordens executivas para limitar a influência chinesa.
Segundo a reportagem, não fica claro quantos americanos detém esses papéis, ou até mesmo dinheiro está em mesa, afirmaram fontes da Casa Branca.
O que se sabe é: entre as 31 companhias chinesas contempladas pelo decreto do presidente Donald Trump, muitas são negociadas nas bolsas de valores chinesas, incluindo a de Hong Kong. Desse modo, há uma chance considerável de que algumas empresas foram adquiridas por investidores dos Estados Unidos por meio de fundos mútuos. Além disso, duas delas, a China Mobile Communications e China Telecommunications, têm units que são negociadas nas bolsas dos EUA.