O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na noite da última segunda-feira (9) que está sendo estudada a possibilidade de um corte de impostos sobre a folha de pagamentos. A medida seria implementada para tentar conter os efeitos econômicos do surto de coronavírus.
“Discutiremos um possível corte ou alívio nos impostos sobre as folhas de pagamento, um alívio substancial, um alívio muito substancial, é um grande número”, declarou Trump conversando com jornalistas na Casa Branca.
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O presidente dos EUA garantiu que o seu governo está atuando para fornecer uma resposta adequada a epidemia de coronavírus. A declaração foi realizada em um dia de fortes quedas nas Bolsas de Valores do mundo inteiro, inclusive em Nova York, onde o S&P 500 chegou a ativar o circuit breaker.
Trump se reúne com membros do governo
Trump teria se reunido com o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e outros membros de sua equipe econômica. O encontro teria sido convocado para avaliar possíveis medidas contra o coronavírus.
Há um debate dentro do governo norte-americano sobre qual medida seria a mais eficaz. Se um corte generalizado nos impostos sobre as folhas de pagamento, ou se a concessão de créditos tributários, empréstimos ou subsídios diretos específicos para industrias ou áreas atingidas pelo surto.
Um eventual corte nos impostos sobre a folha de pagamento poderia incentivar os gastos dos consumidores, melhorando o desempenho econômico do país. Além disso, há temores sobre a garantia de pagamento de hipotecas e outras dívidas.
Além da possível desoneração da folha de pagamentos, haveria a possibilidade de introduzir uma licença médica remunerada para os trabalhadores norte-americanos.
Nos Estados Unidos, diferente do Brasil, não há leis que garantem que o trabalhador receba seus salário em caso de licença médica.
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Segundo o presidente do Comitê de Finanças do Senado dos EUA, Chuck Grassley, estão sendo avaliadas uma série de opções para responder à crise provocada pelo coronavírus.
Coronavírus nos EUA
O anúncio de Trump chega após o número de casos confirmados de coronavírus nos Estados Unidos alcançar 566, com 22 mortes. Os efeitos do surto da doença chegaram até Wall Street. Na segunda a Bolsa de Valores de Nova York despencou, registrando sua maior queda percentual em um único dia desde dezembro 2008.
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