Trump decreta emergência nacional para financiar construção de muro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na tarde desta sexta (15) emergência nacional. O objetivo é ter acesso a bilhões de dólares para construir um muro da fronteira com o México, já que o Congresso se recusou a incluir a verba no orçamento da União.
Segundo o jornal The New York Times, a medida de Donald Trump de decretar emergência nacional “transforma uma disputa política altamente carregada num confronto fundamental na separação dos Poderes”.
Saiba mais: Trump diz que pode prorrogar prazo para acordo comercial com a China
Num pronunciamento televisivo, o presidente americano disse que estava assinando a declaração para proteger os Estados Unidos do fluxo de drogas, criminosos e imigrantes ilegais que chegam através da fronteira sudoeste com o México. Nas palavras dele, “uma profunda ameaça à soberania nacional“.
Integrantes do governo disseram ao jornal que o estado de emergência nacional vai permitir a Trump acesso a US$ 3,6 bilhões do orçamento militar para a construção de projetos na fronteira. O republicano também declarou que vai usar US$ 2,5 bilhões do orçamento presidencial para programas antidrogas e outros US$ 600 milhões do fundo de confisco de ativos do Tesouro.
Saiba mais: Acordo comercial acontecerá se Pequim abrir seus mercados, diz Trump
Somados ao US$ 1,375 bilhão autorizado pelo Congresso na última quinta (14), Trump terá cerca de US$ 8 bilhões para a construção das novas barreiras. Também se prevê reparos e substituição de muros e cercas já existentes ao longo da fronteira.
Saiba mais: Trump chama Jeff Bezos de ‘Bozo’ em meio a divórcio do empresário
O valor é bem superior aos US$ 5,7 bilhões que os parlamentares recusaram incluir no ato da aprovação do orçamento. O presidente tenta há muito tempo obter a verba para a construção do projeto. Em dezembro passado, o impasse gerado com a insistência de Trump e a recusa do Congresso na liberação dos recursos levou parte da administração pública americana a ficar paralisada. Também conhecido como “shutdown”, o atraso no repasse da verba gerou adiamento no pagamentos de servidores federais e a interrupção de vários serviços públicos.
