O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (5) que as conversas sobre migração com o México evoluíram pouco. Segundo Trump, as tratativas não foram “nem perto do suficiente”. Autoridades do governo mexicano viajaram a Washington para discutir um possível acordo.
O presidente Trump ameaçou colocar tarifas sobre os produtos mexicanos se caso o país não for mais enérgico no combate à imigração ilegal para os Estados Unidos. “As conversas com o México continuam amanhã com o entendimento que, se não chegarmos a um acordo, as taxas de 5% (sobre produtos mexicanos) começam a valer na segunda-feira (10)”, escreveu o mandatário norte-americano.
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O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, disse que o assunto debatido nesta quarta foram referentes às questões migratórias e não às tarifas. “O diálogo teve como foco os fluxos migratórios, além de nossa preocupação com o panorama na América Central“, afirmou Ebrard.
Tarifas
Na quinta-feira passada, o presidente Donald Trump anunciou a taxação gradual de todos os produtos importados do México. A contagem começaria a valer no dia 10 de junho, com uma tarifa de 5%. A elevação só será interrompida se o México restringir o fluxo de migrantes que entram nos Estados Unidos.
- Taxação de 5% a partir de 10 de junho;
- 10% a partir de 1º de julho;
- 15% a partir de 1º de agosto;
- 20% a partir de 1º de setembro;
- 25% a partir de 1º de outubro;
- Permanecer em 25% indefinidamente.
Senadores reagem
Senadores americanos dos partidos Democrata e Republicano já se mostraram contrários à proposta. “Na minha conferência não há muito apoio às tarifas “, disse o líder do Senado, Mitch McConnell. Conforme o líder, o que se espera dos acordos entre os dois países são boas negociações e a retirada das tarifas.
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“Eu sou totalmente contra as tarifas” disse o senador Kevin Cramer. Já o senador Mike Braun afirmou “não ouvi muitos senadores, ou mesmo nenhum, dizendo que queriam as tarifas”.
O senador Ron Johnson do partido Republicano, o mesmo de Trump, disse que as taxas não são bem avaliadas por senadores do partido. “Acho que a administração deveria se preocupar com a possibilidade de outro voto de desaprovação de outra lei de emergência nacional, desta vez para tentar implementar tarifas. As taxas não são bem vistas na conferência republicana. Este é um voto diferente”, afirmou.
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