No último domingo (25), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou Boris Johnson, primeiro-ministro britânico, pela futura retirada do Reino Unido da União Europeia e o prometeu um grande acordo comercial pós-Brexit.
Johson afirmou que as negociações com os norte-americanos seriam complicadas, mas haveria grandes oportunidades para empresas britânicas nos EUA após a conclusão do Brexit. O prazo é dia 31 de outubro.
Com menos de três meses até a data estipulada, ainda não está claro como que o Reino Unido sairá da União Europeia. Opositores do movimento temem que o Brexit empobreça a região e divida o Ocidente, enquanto veem a sinergia entre Rússia e China.
Já os partidários reconhecem que a separação pode trazer instabilidade a curto prazo. Porém, a longo prazo permitirá a Londres prosperar se for libertado da tentativa falha de forjar a unidade europeia, segundo eles.
Trump apoia o Brexit
Trump disse à imprensa que a entrada do Reino Unido na UE foi um entrave aos laços comerciais com os EUA. “Vamos fazer um acordo comercial muito grande – maior do que jamais tivemos com o Reino Unido”, afirmou ele.
“Em algum momento, eles não terão o obstáculo – não terão a âncora no tornozelo, porque é isso que eles tinham. Então, teremos boas negociações comerciais e grandes números.”
O presidente estadunidense declarou seu apoio ao novo premiê em sua disputa contra os europeus. “É o homem certo para fazer o trabalho”, afirmou em seu primeiro encontro.
Apesar de já se conhecerem, esse foi o primeiro encontro de Johnson e Trump enquanto chefes de Estado. Os dois demonstraram uma certa sintonia pessoal, ainda mais por parte do norte-americano, que não tinha boa relação com Theresa May.
Johnson ficou conhecido como “Trump britânico”, por seu cabelo similar ao presidente dos EUA e também por causa de seu tom populista.
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O objetivo dos dois é que o futuro acordo fortaleça o comércio bilateral, entretanto, qualquer melhora na balança a favor de qualquer lado será às custas da outra parte. Ano passado, o comércio bilateral de produtos e serviços representou um superávit de US$ 18,9 bilhões a favor dos EUA, de acordo com dados oficiais.
Saída iminente
Johnson disse neste domingo (25) ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que o Reino Unido deixará a UE no dia 31 de outubro, seja quais forem as circunstâncias.
Tusk ouviu de Johnson que a sua preferência era arquitetar sua retirada da União Europeia com um acordo. Reiterou que estaria disposto a sentar e negociar com o bloco e seus Estados-membros, segundo uma autoridade britânica.
Após uma reunião realizada em Berlim na última quarta-feira (21) com a chanceler alemã, Angela Merkel, o premiê decidiu que irá estudar um Brexit negociado.
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A chanceler alemã falou sobre o objetivo da saída negociada do Reino Unido. “Vamos ouvir as propostas do governo britânico. Nosso objetivo é garantir a integralidade do mercado único (europeu)”.
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