O tribunal de falências dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira (18) a proposta de financiamento do grupo Latam Airlines, que destravará US$ 2,45 bilhões (cerca de R$ 13,17 bilhões) para atravessar as turbulências causadas pela pandemia.
A decisão proferida pelo juiz James L. Garrity Jr. aprovou a proposta de financiamento modificada da Latam para o DIP (debtor in possession), que permite aos credores prioridade no recebimento do valores.
“A Aprovação do DIP é um passo muito significativo para a sustentabilidade do grupo e agradecemos o amplo interesse e confiança no que a Latam construiu e em nosso projeto de longo prazo. Agora começamos uma nova etapa, de apresentar o nosso plano de reorganização dentro do processo do Capítulo 11 ”, afirmou o CEO da companhia aérea, Roberto Alvo.
A nova proposta, apresentada na última quinta-feira (17), veio em substituição ao primeiro plano da empresa, que propunha por US$ 2 bilhões. O texto foi rejeitado pelo magistrado sob o argumento de que incluía um empréstimo conversível que seria equivalente a um tratamento “inapropriado” para outros acionistas.
Dessa forma, a Latam cortou a opção de conversibilidade da dívida em ações e elevou o financiamento em US$ 450 milhões, com a participação de novos credores e acionistas minoritários.
Latam entra com pedido de recuperação judicial
Em maio, a grupo e as subsidiárias no Chile, na Colômbia, no Equador, nos Estados Unidos e no Peru deram início ao processo na lei de falências americana por conta dos efeitos da pandemia do novo coronavírus. A Latam Brasil também entrou no processo, em julho.
De acordo com o diretor executivo do grupo Latam, a aprovação da proposta de financiamento é um passo importante para a sustentabilidade da companhia. Alvo ainda anunciou que a partir deste momento começa uma nova fase no processo de recuperação da empresa, que consiste na apresentação de um plano de reorganização dentro do processo do capítulo 11.