O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) gerou efeitos mundiais no preço do minério de ferro.
Após a tragédia, a Vale teve uma queda de 18% na produção. Por ser a maior exportadora mundial do minério de ferro, isso fez os preços aumentarem em todo o globo.
Saiba mais: B3: Vale deixará de integrar índice de sustentabilidade
Saiba mais: Novo patamar para ações da Vale é perto dos R$ 40, diz Luiz Barsi
Os preços futuros do produto em Cingapura, por exemplo, chegaram a R$ 34 a tonelada na última quinta (7), subida de 5,8% em relação à quarta-feira. E se trata da maior alta desde agosto de 2014. O avanço da cotação nas últimas duas semanas soma 24%.
A Vale sofreu várias penalizações em razão da tragédia, inclusive o bloqueio de mais de R$ 12 bilhões pela Justiça (o que representa quase metade dos recursos disponíveis no caixa da empresa) e outras multas. Além disso, a mineradora precisou paralisar novas operações em recentes esforços de fiscalização das barragens. A Agência Nacional de Mineração anunciou que vai exigir investimentos em todas as 88 barragens com alteamento a montante no Brasil.
Saiba mais: Vale sabia de problemas em sensores de barragem, segundo e-mails
Uma determinação judicial fez a Vale suspender na última terça (5) as operações na mina de Brucutu, que produz 30 milhões de toneladas ao ano. Na quinta, a companhia teve de suspender as atividades em parte da área de seu porto em Vitória, autuada em R$ 35 milhões pela Prefeitura da capital do Espírito Santo.
A produção de níquel também enfrenta dificuldades. A companhia perdeu um recurso nesta semana para reabrir uma mina de Onça Puma, no interior do Pará. A mina corresponde a quase 10% de toda a extração do mineral pela empresa e está suspensa desde novembro de 2016.
As incertezas ainda crescem. Para especialistas do mercado, as chances de novas paralisações não estão descartadas e a Vale vai encontrar um cenário de grande volatilidade.
Notícias Relacionadas