A tragédia de Brumadinho, como ficou conhecido o rompimento da barragem da Vale (VALE3), ainda possui investigação em andamento. Nesta terça-feira (16) a Polícia Federal (PF) cumpre cinco mandados de busca e apreensão. O que inclui a casa do CEO afastado, Fabio Schvartsman.
A 9ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte (MG) autorizou as buscas da PF, com o objetivo de encontrar evidências que possuam relação com a tragédia de Brumadinho.
Os mandados cumpridos pela PF incluem apreensões em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. As informações são do “Valor Econômico” e do “Blog do Lauro Jardim”.
Além do CEO afastado, as buscas abrangem o diretor-executivo afastado de Ferrosos e Carvão, Peter Poppinga, e outros executivos.
Em nota, a Vale informou que “tem apresentado, desde o momento do rompimento da barragem, todos os documentos e informações solicitados voluntariamente e, como maior interessada na apuração dos fatos, continuará contribuindo com as investigações”.
Tragédia de Brumadinho
Em 25 de janeiro, a barragem 1 da Mina Córrego do Feijão da mineradora Vale rompeu. Assim, 13 milhões de metros cúbicos (m³) de lama foram liberados no município de Brumadinho (MG) com o rompimento.
A Defesa Civil de Minas Gerais informou, na véspera, que o total de mortes decorridas do desastre foi de 229.
Schvartsman demitido
No começo de março, a mineradora Vale afastou o CEO, Fabio Schvartsman. Outros altos executivos foram também afastados temporariamente por decisão do Conselho de Administração. Dentre eles, estão:
- o Diretor-Executivo de Ferrosos e Carvão, Gerd Peter Poppinga;
- o Diretor de Planejamento e Desenvolvimento de Ferrosos e Carvão, Lucio Flavio Gallon Cavalli;
- e o Diretor de Operações do Corredor Sudeste, Silmar Magalhães Silva.
Schvartsman foi substituído no comando da Vale pelo executivo Eduardo de Salles Bartolomeo.
Em fevereiro, após a tragédia de Brumadinho, o então CEO Shvartsman declarou que “a Vale é a joia brasileira que não pode ser condenada por um acidente que aconteceu em uma de suas barragens. Por maior que tenha sido a sua tragédia”.