Fluxo de veículos em rodovias brasileiras deve se regularizar em 2024, diz Fitch
As rodovias no Brasil vão voltar a ter o tráfego de veículos no mesmo nível pré-crise somente em 2024, quando o fluxo retornará ao patamar de 2019. A previsão foi realizada pela agência de classificação de riscos, Fitch Ratings, no relatório Global Economic Outlook, divulgado nesta quarta-feira (19).
A agência de classificação de risco salientou que devido à pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19), ainda existe uma certa dúvida em relação a retomada da intensidade de veículos nas rodovias brasileiras.
“Os atuais cenários de avaliação da Fitch presumem que os níveis de tráfego de 2019 devem ser atingidos até 2024”, aponta o relatório.
Segundo o cenário pessimista expressado pela agência, o fluxo de veículos deve diminuir em média 28% neste ano.
Conforme o relatório da Fitch, o segmento de veículos de passeio serão afetados pela lenta recuperação da economia após o fim das restrições de mobilidade.
Entretanto, o tráfego de veículos pesados não sofreu a mesma queda que os veículos leves, apresentando um fluxo com níveis semelhantes aos do ano passado, devido ao crescimento do setor do agronegócio.
Classificação das Holdings que controlam rodovias
De acordo com a agência, os ratings das holdings de concessão de rodovias foram examinados em função dos possíveis impactos da redução do fluxo de veículos.
O Grupo CCR (CCRO3) foi avaliada como estável, apresentando uma baixa alavancagem e forte posição de caixa.
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Já a Companhia Ecorodovias (ECOR3) e Arteris apresentaram notas de risco revisadas para negativa e em observação para negativa, respectivamente.
“A liquidez da CCR seria adequada para cobrir a dívida de curto prazo, com a alavancagem de 2021 voltando a níveis alinhados com o rating da CCR. Esse cenário provavelmente exigirá que a Arteris e a Ecorodvias adiem algumas de suas obrigações, como CAPEX (investimentos), para manter a alavancagem adequada às suas categorias de rating”, aponta o relatório.
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Por último, a Fitch Ratings declarou que seguirá acompanhando o período de restrições de mobilidade, em função da preocupação com a economia e com o fluxo de veículos nas rodovias.