Trabalhadores da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, decidiram não entrar para o trabalho, nesta sexta-feira (9), em protesto contra a decisão da montadora de caminhões e ônibus de demitir 3,6 mil funcionários.
Eles também decidiram paralisar as atividades da fábrica logo após assembleia realizada na tarde de quinta (8).
O número de corte equivale a 38% do efetivo das áreas de produção e administrativo (9,4 mil) e a 35% se contar executivos e estagiários (10,4 mil).
A montadora de ônibus e caminhões informa que decidiu terceirizar atividades de setores como logística, manutenção, fabricação e montagem de eixos dianteiros e transmissão média, ferramentaria e laboratórios.
Essa medida vai impactar diretamente 2,2 mil trabalhadores. O grupo Mercedes-Benz também não vai renovar contratos de 1,4 mil funcionários que vencem no fim de novembro.
Comunicado da Mercedes-Benz
Em nota divulgada após a decisão dos trabalhadores, a montadora afirma que está iniciando negociações com o sindicato para discutir as medidas do seu plano de transformação das operações de caminhões e ônibus no Brasil.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a Mercedes-Benz reafirma “a urgente necessidade de reestruturação de áreas e, consequentemente, a garantia de sustentabilidade dos negócios a longo prazo no País”.
Com informações de Estadão Conteúdo
