A japonesa Toyota Motors informou nesta quinta-feira (28) ter ultrapassado a alemã Volkswagen (VW) e recuperado a liderança das vendas mundiais de automóveis em 2020, quatro anos após ter perdido o posto.
De acordo com a Toyota, suas vendas globais caíram 11,3% para 9,528 milhões de veículos no último ano. Enquanto a Volkswagen registrou uma queda de 15,2%, para 9,305 milhões de veículos.
Além disso, apesar da VW ser a maior montadora estrangeira de automóveis na China, suas vendas na região caíram no ano passado, enquanto as vendas da Toyota no país asiático aumentaram 17%.
Enquanto nos Estados Unidos, onde a Volkswagen é um participante de nicho, a Toyota teve um aumento de 20% nas vendas.
De acordo com a empresa alemã, as fabricantes de automóveis sofreram com os bloqueios por coronavírus (covid-19) que impediram as pessoas de visitar os showrooms de automóveis e forçaram as fábricas a reduzir ou interromper a produção.
A Toyota, no entanto, resistiu melhor à pandemia em parte porque seu mercado doméstico, o Japão, e a região asiática em geral foram menos afetados pelo surto do que a Europa e os Estados Unidos.
Toyota prevê aumento nas vendas de 25% em 2021, mas diz ter “plano A, B, C e até X”
O presidente da Toyota no Brasil, Rafael Chang, divulgou as projeções da empresa para 2021, prevendo um crescimento de 25% no mercado de veículos novos.
Contudo, a montadora japonesa já preparou planos “A, B e até X” para dar respostas rápidas caso o resultado não seja tão positivo como o esperado.
Segundo o executivo da Toyota, “Temos plano A, B, C e até X a depender das variáveis econômicas e de como a covid vai evoluir nos próximos meses”, entretanto a previsão é de 2,5 milhões de veículos para 2021.
Chang ainda ressaltou que o pior momento de fluxo de caixa na indústria de autopeças já teve seu fim, afirmando que e a empresa japonesa não enfrenta o problema de falta de insumos, como do aço, apontado por diversas indústrias, inclusive no segmento de veículos comerciais do setor automotivo.
“Temos reunião com fornecedores toda semana e estamos caminhando com nosso plano”, pontuou o presidente.
Por último, o executivo falou sobre o câmbio alto, que segue sendo um grande desafio à empresa, que encontrou como alternativa para resolver a situação elevar o porcentual de componentes nacionais dos carros produzidos no Brasil, ao mesmo tempo em que busca aumentar as exportações.
“É a única receita para administrar o impacto cambial na nossa operação”, comentou o presidente da Toyota.