A Toyota apresentou nesta quinta (13) a tecnologia para a produção do primeiro carro híbrido com motor flex do mundo. O lançamento foi realizado em parceria com o governo federal.
A tecnologia do carro híbrido da Toyota, desenvolvida em parceria com universidades brasileiras, inexiste em outro país. Ela vai permitir que o carro seja movido a eletricidade, gasolina ou etanol.
O lançamento foi realizado no Palácio do Planalto, em cerimônia que contou com a presença do presidente da República Michel Temer. Além do mandatário, estavam também o ministro Moreira Franco (Minas e Energia), Marcos Jorge de Lima (Comércio Exterior e Serviços) e Rafael Chang, presidente da Toyota no Brasil.
Assim que lançado, o híbrido flex vai gerar apenas um terço das emissões dos veículos elétricos circulando na Europa. O dado é da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
Mas os carros ainda não estão prontos para serem colocados no mercado. Assim, a Toyota estima investimentos de R$ 1 bilhão para produzir o veículo híbrido flex no Brasil.
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Rafael Chang atribuiu a dois fatores as condições para o desenvolvimento da tecnologia. O Rota 2030 e a reforma trabalhista foram citados como positivos nesse processo.
“A nova política industrial automotiva, o Rota 2030, é, sem dúvida, a chave para acelerar a inovação. Um horizonte de longo prazo de apoio em pesquisas e desenvolvimento. A reforma trabalhista foi outro passo importante para fortalecer a economia e dar ânimo para novos investimentos”, disse Chang.
O que é a Rota 2030
O Rota 2030, citado pelo executivo da Toyota no evento desta quinta, é o novo programa de incentivos ao setor automotivo no Brasil. O plano foi sancionado pelo presidente Michel Temer na última terça (11). Confira seus principais pontos:
- Incentivo fiscal: até R$ 1,5 bilhão por ano se as empresas investirem pelo menos R$ 5 bilhões em pesquisa no Brasil;
- Eficiência energética: deve ser melhorada em 11% até 2022, então reduzindo o consumo médio de combustível;
- Etiquetagem: veículos terão etiquetas para informar sobre consumo e itens de segurança;
- Segurança: novos equipamentos serão obrigatórios até 2027 para reduzir acidentes e mortes;
- Elétricos e híbridos: IPI será reduzido de 25% para uma faixa entre 7% e 20%, e híbridos com motor flex terão desconto extra;
- Multas: empresas fora do programa ou que descumprirem metas estão sujeitas a multas de até 20% da receita com vendas.