O presidente do conselho de administração da Totvs (TOTS3), Laércio Consentino, afirmou estar disposto a elevar a oferta pela Linx (LINX3), maior empresa de softwares do Brasil.
A Totvs havia oferecido R$ 6,1 bilhões pela Linx, mas, posteriormente, a Stone, sua rival na disputa pela aquisição da companhia, elevou sua oferta para R$ 6,28 bilhões. Após a proposta, a Linx marcou para 17 de novembro assembleia sobre o acordo com a empresa de maquininhas.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, Consentino disse que além de estar disposto a aumentar a oferta, estava confiante com a proposta, pois teria o apoio de acionistas da Linx, segundo conversas reservadas. “Tudo o que queremos é que as duas propostas sejam levadas à deliberação. A decisão da assembleia é soberana”.
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Segundo a Linx, a proposta entregue pela Totvs não atende a exigências do Securities and Exchange (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) dos EUA. Mas a empresa reitera que não recebeu as informações necessárias para concluir a documentação exigida e por isso cogita apelar à CVM.
“O acionista da Linx que estiver descontente tem um caminho, que é pedir a suspensão da assembleia no momento da instalação. Assim, haverá tempo para que proposta da Totvs fique pronta”, disse o executivo principal da Totvs, Dennis Herszkowicz.
Totvs prorroga validade de proposta pela Linx
A Totvs informou na última quinta-feira (8), via fato relevante, que seu conselho de administração aprovou a prorrogação, até 17 de novembro, da validade da sua proposta de combinação de negócios com a Linx.
Além disso, a Totvs comentou sobre o posicionamento do conselho de administração da Linx sobre a recomendação da proposta de fusão da Stone.
Nesse sentido o documento destacou que “desde o início, os conselheiros ditos independentes da Linx assumiram publicamente o compromisso de garantir competição justa e aberta entre as propostas. Também desde o início, a TOTVS deixou claro que pretendia e pretende participar na competição pelo controle da Linx na pressuposição de que, realmente, havia o compromisso de tratar de modo equilibrado ambas as propostas e permitir o exame, em pé de igualdade, pelos acionistas, dos méritos de cada uma delas”.
“A realidade é que esses mesmos conselheiros independentes assinaram, em seguida, dois aditivos que preservam integralmente o formato da proposta original [da Stone], apenas reduzindo valores, o que não torna a sua essência diferente. Porém, ao assinar esse aditivo, os conselheiros independentes perderam a sua independência e se tornaram parte integrante e conflitada na análise e, portanto, incapazes de cumprir o seu compromisso de igualdade”, completou.
Ademais, o fato relevante salientou que os conselheiros da Linx “sob a pretensa intenção de entender a proposta da TOTVS, limitaram-se a tentar ajustar a proposta da TOTVS ao modelo da proposta da STNE, esperando que a TOTVS fosse concordar em se submeter às mesmas ilegalidades e a constranger, igualmente, os seus acionistas”.
A Totvs ainda considerou a atitude do comitê independente, que avaliou a proposta, como contraditória e questionou “se está tão convencido de que a proposta da STNE é melhor, por que não conceder tratamento igualitário e submeter as duas aos acionistas isentos na mesma assembleia? Por que se acena com o suposto risco de desistência da TOTVS? Por que dificulta de todas as formas a possibilidade de a proposta da TOTVS ser apreciada”?