Tok&Stok paga R$ 2 milhões de aluguel atrasado para VILG11; FII pede encerramento de ação de despejo

Em crise financeira, a Tok&Stok depositou em juízo R$ 2.092.178,01 referentes ao aluguel vencido em fevereiro de 2023 do empreendimento Extrema Business Park I, imóvel que integra o portfólio do fundo imobiliário VILG11. Segundo o comunicado publicado na terça (28), com esse pagamento, os administradores do FII pretendem encerrar a ação de despejo contra a varejista.

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“No dia 27 de março de 2023, o fundo pediu o imediato levantamento dos valores que estão depositados na conta judicial. Após o levantamento dos valores depositados em Juízo, o fundo solicitará o encerramento formal da ação de despejo”, destacaram os gestores do VILG11 em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Vale ressaltar que a Tok&Stok pagou o aluguel de fevereiro, que tinha vencimento no dia 6 de março de 2023 e que, com o pagamento do valor referente ao aluguel de janeiro, encontra-se adimplente no contrato de locação. A apólice de seguro de fiança locatícia segue vigente com o valor de garantia equivalente a 12 meses de aluguéis”, complementaram os administradores do fundo imobiliário.

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Em 15 de fevereiro, o FII informou ao mercado que havia ajuizado uma ação de despejo por falta de pagamento do aluguel de janeiro, que venceu em 6 de fevereiro.

“O imóvel encontra-se locado exclusivamente à Tok&Stok e o aluguel devido no âmbito da referida locação representa aproximadamente 14% das receitas totais do fundo e cerca de 11% da área bruta locável total por ele detida”, destacou a gestora na ocasião.

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Tok&Stok em crise

Em dificuldades financeiras expostas depois de vir à tona o caso Americanas (AMER3), a Tok&Stok contratou, em fevereiro, a consultoria Alvarez & Marsal para fazer uma avaliação da situação de seu caixa e propor alternativas para renegociação das dívidas e uma eventual capitalização, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na ocasião.

A estimativa é de que suas dívidas estejam em cerca de R$ 600 milhões e há relatos de que um corte de cerca de 200 pessoas foi feito em agosto passado.

A crise da Americanas estremeceu a confiança no setor de varejo, e várias companhias passaram a ter dificuldades para renovar ou tomar novos empréstimos.

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Os acionistas da Tok&Stok são fundos da gestora Carlyle Group e a família francesa Dubrule, que eventualmente poderiam capitanear uma injeção de capital.

No caso da Tok&Stok, a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não desovou como o planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O varejo vem de dois anos de dificuldades. O salto dos juros pegou uma série de empresas de surpresa em um momento de alto endividamento após a pandemia de covid-19.

Com informações do Estadão Conteúdo

Erick Matheus Nery

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