Tok&Stok será despejada de loja no Iguatemi (IGTI3) de Ribeirão Preto após liminar da Justiça
A Iguatemi (IGTI3), que faz a gestão de shoppings centers, obteve uma liminar na Justiça que permite que a companhia faça o despejo da Tok&Stok de uma loja em sua unidade em Ribeirão Preto (SP).
A ação judicial entre o Iguatemi e a Tok&Stok tem valor de cerca de R$ 1 milhão. A liminar foi concedida ainda no dia 13, cinco dias após o caso ser remetido à 10ª Vara Civil do Foro de Ribeirão Preto.
“Concedo a liminar de despejo, mediante a prestação de caução em dinheiro equivalente a três meses de aluguel, concedendo o prazo de 30 dias para a desocupação voluntária do imóvel”, diz na decisão a juíza Isabela Fiel.
A varejista enfrenta dificuldades financeiras há tempos, e já teve imbróglios envolvendo despejo anteriormente.
Ainda em maio a Tok&Stok foi forçada a depoisitar R$ 2 milhões referentes ao aluguel atrasado do Extrema Business Park I, imóvel que pertence ao portfólio do fundo imobiliário VILG11 – que por sua vez pedia o despejo da loja.
Na ocasião, a varejista pagou os aluguéis de fevereiro, março e abril de 2023.
Recuperação Judicial ou Falência serão destino da Tok&Stok
Desde que a crise financeira se instaurou na empresa, há especulações acerca de uma possível recuperação judicial ou falência.
No fim de abril, a Domus Aurea, consultoria de serviços em tecnologia, entrou com um pedido de decretação de falência da varejista de móveis na Justiça de São Paulo por conta de uma dívida de R$ 4,2 milhões.
A Tok&Stok ainda discute acordos com credores e lida com uma dívida relativamente volumosa, com cerca de R$ 600 milhões no início do ano.
O crescimento do passivo financeiro já era observado em anos anteriores, com custo do endividamento saltando de R$ 8 milhões em 2019 para R$ 361 milhões em 2021.
Nessa toada, a companhia fez mudanças na gestão. Em abril, Roberto Szachnowicz, ex-presidente da Etna, foi anunciado como CEO da Tok&Stok com o objetivo de liderar a reestruturação da empresa.