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Fundadora da Tok&Stok retoma comando da empresa em meio à crise de R$ 600 milhões

Tok&Stock. Foto: Divulgação

Tok&Stock. Foto: Divulgação

Ghislaine Drubule, fundadora da Tok&Stok, voltou ao comando operacional da varejista de móveis, que protagoniza uma crise estimada em R$ 600 milhões. Além disso, três executivos da companhia foram demitidos na última quinta (13).

Segundo informações publicadas pela Bloomberg Línea, Eduardo Henrique Sampaio (COO), Clarice Sangalo Feitosa (diretora de operações vendas-loja) e Ana Cláudia Moura foram desligados da operação.

A volta de Ghislaine para o comando da Tok&Stok marca o retorno dos fundadores à gestão do negócio — eles haviam vendido o controle da operação em 2012 para o fundo Carlyle Group, por R$ 700 milhões.

Procurada pela Bloomberg Linea, a empresa não quis comentar essas movimentações no alto escalão.

Crise na Tok&Stok

Durante a crise financeira da Tok&Stok, a empresa decidiu colocar o pé no acelerador no seu plano de fechamento de lojas. A empresa confirmou o encerramento de duas unidades em Fortaleza (CE) e deve finalizar outra operação em Porto Alegre (RS).

Ao Bloomberg Línea, a empresa de móveis confirmou o fim dessas unidades no Ceará. Além disso, fontes do veículo destacaram que os fechamentos devem ocorrer até o fim deste mês e que outra unidade em risco é a do Praia de Belas Shopping, localizado na capital gaúcha.

Os resultados da Tok&Stok de 2022 ainda não foram divulgados. Contudo, estima-se que a empresa tenha uma dívida de R$ 600 milhões.

Em fevereiro, a empresa contratou a consultoria Alvarez & Marsal para formalizar uma reestruturação financeira e, segundo uma fonte da Bloomberg Línea, a alternativa de um pedido de recuperação judicial não está descartada.

Uma das hipóteses do mercado para a crise na Tok&Stok é de que a empresa teria feito um grande estoque para o Natal e não consegiu desová-lo como planejado, desorganizando o capital de giro. Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral. O setor vem de dois anos de dificuldades, com o salto dos juros em um momento de alto endividamento após a pandemia de Covid-19.

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